Audiência com Lula é a esperança dos arrozeiros

Arrozeiros querem, pelo menos, R$ 700 milhões para compra de 1 milhão de toneladas de arroz a R$ 27,00 por saco.

Audiência marcada para hoje às 18h30min, com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, é a esperança dos arrozeiros, que estarão representados por dirigentes de entidades e da cadeia produtiva.

A expectativa é de que o governo federal ouça os apelos da categoria e destine os recursos reivindicados, de R$ 700 milhões, para a retirada de um milhão de toneladas do produto do mercado, ao preço de R$ 27,00 a saca. Até a reunião prosseguem as manifestações da categoria nas estradas da região. Desde sexta-feira, conforme decisão tomada em assembléia, os arrozeiros realizam atos e bloqueios nas rodovias da região. Em Capão do Leão, aproximadamente 50 produtores estão na BR-116, no trevo de acesso ao distrito do Pavão, local de concentração das maiores plantações de arroz no município.

Ontem, os orizicultores receberam a visita do prefeito leonense Vilmar Schmitt(PDT,) que engrossou o coro em favor do protestos dos produtores via solicitação de apoio às reivindicações dos mesmos junto aos deputados do seu partido. A preocupação de Schmitt com a situação dos orizicultores está fundamentada na realidade do município que tem no arroz uma de suas principais fontes de arrecadação.

Apesar do movimento dos arrozeiros ter estourado no fim do mês passado, a mobilização se iniciou em outubro, na abertura do plantio, em Tapes. “A intenção era evitar que a situação chegasse a esse ponto”, advertiu o produtor leonense Carlos Alberto Iribarren. Os orizicultores do estado estão unidos e querem mostrar à população gaúcha o porquê de tantos manifestos. Na Zona Sul, os protestos ocorrem em rodovias próximas aos municípios de Capão do Leão, Arroio Grande, Pedro Osório, São Lourenço do Sul, Santa Vitória do Palmar, Chuí e Jaguarão.

Os produtores protestam contra a importação de arroz de outros países, principalmente da Argentina e Uruguai, mesmo o país tendo alcançado a auto-suficiência na produção. O alto custo de produção de R$ 30,00 por saco, diante do baixo preço cotado no mercado interno, de R$ 18,00 é outra bandeira do movimento

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