Aumenta a oferta de produtos em porções para solteiros

Em Florianópolis, aproximadamente 46,5 mil pessoas moram sozinhas.

Arroz em pacotes de um quilo, caixas de leite de um litro e pão inteiro fatiado. Para uma família de três ou quatro pessoas, quantidades razoáveis, mas, para quem mora sozinho, algo sempre acaba estragando.

Os supermercados vêm ampliando a oferta de produtos em porções menores para atender a um público crescente. Infelizmente, o preço não cai na mesma proporção. Os alimentos em embalagens reduzidas custam sempre mais caro do que nos pacotes normais.

Para o policial militar Vitor Oliveira, que fazia compras nesta terça-feira no Imperatriz de Coqueiros, em Florianópolis, e mora sozinho há seis anos, a estratégia é combater o desperdício. Ele vai ao supermercado semanalmente para os alimentos não estragarem e também prepara as refeições e congela as porções extras.

— Eu tento não comprar tantos alimentos perecíveis e opto por produtos industrializados, que, além de mais caros, não são muito saudáveis. Mas, em relação a alguns produtos, não tem saída. O molho de tomate, por exemplo, sempre acaba estragando — conta.

Alair Batista é gerente em um mercado em Blumenau que está investindo no segmento de porções individuais. Ele diz que no caso dos produtos feitos no próprio mercado, como os panifícios, o valor é estabelecido por quilo. No caso de produtos industrializados, há vários fatores que determinam o preço final.

— A embalagem e a logística são muito caros, o que encarece o produto — explica Batista.

Apesar da variação de valores, a variedade para os solteiros é grande. Há pizza, lasanha, feijoada, sopa, estrogonofe, frango xadrez e yaksoba pré-prontos. É possível comprar meio pão ou um panetone pequeno. No hortifruti, há maçãs, laranjas e folhosos escolhidos, limpos e embalados, prontos para comer.

Mais catarinenses moram sozinhos

Dados do IBGE apontam que 11,4% da população de 6,1 milhões de catarinenses (estimada em 2009) mora sozinha. Isto representa um contingente de 697,5 mil pessoas. Em Florianópolis, da população de 408 mil habitantes (também estimada para o ano passado), 46,5 mil optam por viver só.

Entre os 11 tipos de composição familiar pesquisados pelo IBGE, o número de pessoas que moram sozinhas foi o que mais cresceu na década de 1990, média de 9,3% ao ano.

Aumento de renda é fator determinante

Para o economista e coordenador do Sistema de Informações Gerenciais e de Apoio à Decisão (Sigad), Nazareno Schmoeller, o fator determinante para este fenômeno é o aumento de renda.

Schmoeller diz que estudos recentes mostram que a tecnologia também está ligada ao crescimento no número de pessoas que residem sozinhas. Com a facilidade de comunicação e entretenimento há menos solidão, fator que antes pesava no momento de optar por morar sem companhias.

— O computador ligado à internet, TV a cabo e outras tecnologias distraem e facilitam a comunicação com pessoas que estão em outros locais — enfatiza Schmoeller.

Evite desperdícios
— Calcule o quanto você consome por dia e compre só o necessário para uma semana
— Guarde na parte alta da geladeira alimentos prontos para o consumo, no meio os pré-prontos e abaixo os crus
— Lave bem e deixe escorrer as frutas antes de guardar. Elas irão durar mais
— No verão, todas as frutas e verduras precisam ficar na geladeira, senão estragam muito mais rápido
— Compre mais vezes e em poucas quantidades frutas com muita água, como melancia e morango
— O pão e o queijo podem ser congelados em embalagens plásticas
— Quando fizer feijoada, por exemplo, congele o que sobrar em potes plásticos e consuma em outras refeições
— Os alimentos podem ser mantidos congelados de uma semana a um mês
Fonte: Tabita Christen Vollrath, nutricionista

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  • Arroz de 500 gr.

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