Aumento nos preços do arroz e do feijão assusta consumidores em Vitória

Em alguns supermercados o aumento chega a quase 100% nos preços dos produtos.

O consumidor já sente no bolso o aumento do preço dos produtos da cesta básica, como o arroz e o feijão, considerados alimentos fundamentais na mesa dos brasileiros. Em alguns supermercados o aumento chega a quase 100% nos preços dos produtos.

Em menos de um mês, uma embalagem de 5 kg de arroz Sepé, que antes era vendida por R$ 4,98, passou a custar R$ 8,98 em um dos supermercados da capital. O feijão carioquinha também sofreu aumento nos preços. Um saco de 1kg da marca Leste, que antes podia ser adquirida por cerca de R$ 3,98, agora está custando até R$ 5,28.

A diferença nos preços dos produtos já preocupa os consumidores. A advogada Ilma Pires, de 43 anos, disse que é muito difícil deixar de consumir arroz e feijão. A solução, de acordo com ela, é diminuir na quantidade.

– São alimentos que você não pode cortar, deixar de comer. Não é igual substituir carne de primeira por uma de segunda ou só pela galinha, eu acho que dificulta, porque são alimentos básicos – destacou.

Muitas pessoas não possuem condições de arcar com o aumento, como é o caso da doméstica Katarina Santos, de 52 anos, que já não pode mais comprar a mesma quantidade de arroz como antes.

– Eu estou achando esse aumento muito alto, pelo salário que ganhamos é muito alto. Não está nem dando para comprar mais 10 kg, porque sempre compro até 15 kg por mês, agora vai ficar difícil – lamentou.

O reflexo nas prateleiras ainda não foi detectado, segundo o superintendente da Associação Capixaba de Supermercados (ACAPS), Hélio Schneider. Mas as vendas devem cair.

– Toda vez que existem aumentos bastante significativos, automaticamente cai a venda desses produtos ou os consumidores poderão migrar para outros produtos – explicou.

De acordo com Schneider, a população pode mudar os hábitos alimentares e substituir o feijão carioquinha pelo feijão preto, com preço mais estável no mercado, chegando a custar R$ 3,58. Mas a tendência dos preços do feijão é diminuir, segundo o superintendente.

– Dentro de pouco tempo já vai entrar a nova safra e com uma quantidade substancial, o mercado desacelera no preço. A informação que a gente tem é a tendência de redução dos preços e equacionar – declarou Schneider.

Os aumentos generalizados nos produtos da cesta básica devem-se a fatores climáticos, pressões do mercado internacional e à alta dos insumos como adubos e fertilizantes derivados do petróleo, uma vez que a comodity teve forte aumento, de acordo com avaliação técnica do Dieese.

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