Aumentos recordes são esperados para arroz e feijão em 2024
A explicação para esse aumento reside em diferentes fatores presentes tanto ao nível nacional, quanto internacional. Embora o Brasil tenha uma produção de arroz considerável, o país não está imune a influência da economia global. No exterior, a Índia é apontada como um dos principais responsáveis. Considerando que o país é responsável por 40% da produção mundial de arroz, a decisão do governo indiano de implementar restrições à exportação de arroz em julho contribuiu significativamente para a redução da oferta e consequente aumento do preço dessa commodity no mercado. Além disso, o Brasil enfrentou problemas climáticos que prejudicaram a safra e atrasaram o plantio da próxima safra.
O que esperar para o ano de 2024?
As previsões para o próximo ano não são animadoras para os consumidores. De acordo com especialistas, a dupla feijão e arroz deverá enfrentar ainda mais desafios em relação ao aumento de preço causados pela instabilidade nas safras e pelo aumento das cotações internacionais. Esse cenário coloca à prova a promessa do presidente Lula de intervir no mercado, quando necessário, para estabelecer reservas reguladoras e controlar os preços dos alimentos – uma estratégia que até agora não obteve sucesso.
Sim. O feijão preto, por exemplo, recentemente atingiu preços recordes, chegando a cerca de R$ 400 por saca para o produto de alta qualidade importado da Argentina. Já o arroz, levou o preço da saca a se aproximar de R$ 140 no Rio Grande do Sul, o maior produtor do país. No Mato Grosso, as cotações variam entre R$ 160 e R$ 170 por saca, um valor histórico, acima dos preços da soja. Estes são sinais claros de que o mercado já sente os reflexos dessas mudanças.
Como equilibrar essa situação?
Para tentar organizar esse cenário desafiador, algumas medidas são propostas pelos especialistas. Por exemplo, a celebração de novos acordos comerciais pode ajudar a equilibrar essas variantes do mercado. Além disso, a criação de medidas para incentivar o produtor, como a facilitação no processo de plantio, também está na agenda. Essas são tentativas de não prejudicar o produtor e continuar atendendo a demanda interna e externa de modo equilibrado.
Diante deste cenário, é importante para o consumidor estar ciente desta situação e, na medida do possível, buscar alternativas para uma dieta equilibrada e economicamente viável. O mercado está em constante mudança e é essencial estar atento para saber como se adaptar a essas variações.