Avaliação do resultado da 8ª Semana Arrozeira de Alegrete (RS)
Autoria: Gilberto Pilleco, coordenador e idealizador.
Se a semana arrozeira foi idealizada para provocar e promover o desenvolvimento local e regional, primeiro é oportuno ter em mente que entre a teoria, os debates, discursos filosóficos e o ato de fazer na prática há uma falência na operacionalidade, pode-se dizer; É difícil fazer acontecer! Se o domínio da teoria por si só resolveria, seria fácil! Uma pessoa que resolver estudar todas as teorias e técnicas de natação, depois de dominar o conhecimento se joga na água para competir sem ter apreendido o ato de nadar, sua possibilidade é de morrer afogada.
Assim como, um nadador de excelente forma e boa resistência, quando a competição ficar competitiva será a teoria, o conhecimento que potencializará o seu sucesso. Segundo é preciso entender a diferença entre desenvolvimento econômico e desenvolvimento social e econômico.
Quando se fala em desenvolvimento econômico, fala-se de crescimento econômico que é o aumento da produção, o quantitativo e não o qualitativo.
Um bom exemplo local é o aumento da produção de arroz em 2.000 (dois mil) quilos por hectares em média nos últimos dez anos e o desenvolvimento não aconteceu na mesma proporção, porque esse aumento aconteceu usando praticamente as mesmas estruturas, foi um aumento ocasionado pela posse da tecnologia, mudança de cultura na forma de produção.
Pensar no Desenvolvimento Social e Econômico é pensar ao mesmo tempo em crescimento econômico, crescimento humano e na melhoria das estruturas. Com isto promover as mudanças culturais com melhoria na vida das pessoas sem diferenças ideológicas, gênero, posição social, colaborador, empregador, jovem de 5 ou de 80 anos, também, precisa-se ter em mente em qual comunidade se quer atingir, quando se age no perímetro rural naturalmente o urbano acompanha ao contrário não.
Compreendendo o exposto acima, pode-se fazer a avaliação da 8ª SA como a melhor até agora, não só pelo nível e sintonia das palestras, pela presença e o entendimento do público, mas acima de tudo pelo contexto proposto, recebemos diversos feedbacks positivos.
Muitas pessoas se manifestaram pela primeira vez dizendo da satisfação, do contentamento em participar e também da evolução e profissionalismo atingido.
Críticas se dá para entender como críticas a falta de participação e comprometimento das pessoas principalmente de alguns produtores que nunca ou que tiveram sua participação em um determinado momento, que o poder público, tanto executivo como legislativo não estão participando ativamente a não ser como apoio, que as pessoas que ocupam cargos de secretarias também não estavam e foram nominados como exemplo o da Educação e Indústria e Comércio, que empresas importantes da cidade não participam…
Falar o que? Acredito ser mais um sentimento de simpatizantes que gostariam de ver os seus simpatizados do que propriamente uma crítica.
Acredita-se que a grande maioria do publico entendeu a proposta de ser um evento técnico cultural de desenvolvimento das pessoas pelo conhecimento e que não é um evento de festa como muitos pontuavam, hoje, poucos são os que pensam em ir até o evento se esbaldar, com exceção do dia do jantar baile, essa mudança de entendimento é uma evolução cultural já percebida e verbalizada por muitos que participam, principalmente por aqueles que pagam a conta que são os patrocinadores e estes também verbalizaram o crescimento da participação dos produtores que é o publico de interesse imediato.
Resultados práticos são muitos, foi ao longo das realizações da semana arrozeira que a associação conquistou o respeito e a referencia perante muitas outras entidades locais, estaduais, nacionais e principalmente nas associações coirmãs onde elegemos o presidente da Federarroz, também conquistamos a atenção e credibilidade com muitos órgãos públicos estaduais e federais.
A 8º Semana de resultado pontual, foi o mutirão proativo em conjunto com SEMA, DRH, FEPAM, DBIO e Comitês de Bacias para liberações das outorgas pendentes da fronteira oeste, com a presença da secretária estadual prof. Ana Pellini e toda sua diretoria, também a presença do secretário estadual dos Transportes e Mobilidade, dr. Pedro Westphalen, onde ficou definido que em conjunto com Associação, UNIPAMPA/IFFarroupilha, Prefeitura Municipal e Governo do Estado será feito um Case de reestruturação de 20 a 30 Km de estrada municipal, conforme o painel proposto sobre as estradas rurais da fronteira oeste e além do comprometimento da continuidade das obras da 566.
Assim sendo, a Semana Arrozeira nesta edição mostra na ação que realmente foi idealizada para fazer a diferença, deixando de lado os tradicionais debates e discursos para fazer o ato de promover e ou provocar as pessoas que por si próprio passa o desenvolvimento. Já estamos trabalhando a nona edição, quem em 2016 vem com mais um grande tema Arroz: Cultura e Águas.
1 Comentário
LI COM MUITA ATENÇÃO TUA EXPLANAÇÃO PARABÉNS.