Banco avalia prorrogar dívida dos arrozeiros/SC
Prorrogação das primeiras parcelas de custeio poderá minimizar o impacto da crise de comercialização este ano..
O Banco do Brasil se comprometeu a analisar os financiamentos concedidos aos produtores de arroz para verificar a possibilidade de sustar a cobrança das primeiras parcelas dos contratos.
Essa é uma das ações discutidas pelas entidades do setor agrícola com a superintendência estadual do banco, enquanto o Conselho Monetário Nacional (CMN) não define medidas para minimizar a crise do setor arrozeiro.
O vice-presidente da Faesc, Enori Barbieri, disse que o CMN se reúne dia 28 para aprovar uma resolução que prorrogue as duas primeiras parcelas dos financiamentos de custeio que vencem neste ano, o que pode aliviar a pressão sobre os produtores que não conseguem vender o arroz para pagar os bancos.
– A decisão pode evitar a falência dos arrozeiros – disse Barbieri, que esteve em Brasília, em busca de apoio dos ministérios e entidades do agronegócio.
São mais de 6 mil financiamentos
O Banco do Brasil contabiliza 6.326 operações de custeio firmados com produtores de arroz no Estado. Segundo a superintendente estadual, Milane Medeiros Fernandes, cada rizicultor que possui financiamento deve procurar sua agência para mostrar que possui dificuldade em honrar o contrato.
– O banco tem o máximo interesse em resolver a situação, mas sustar a cobrança não é uma ação generalizada. O BB analisará caso a caso – esclareceu Milane, diante da informação de entidades agrícola de que todas as cobranças seriam suspensas.