Banco genético

 Banco genético

Vem aí os “futuros” do arroz

O Banco Global de Sementes de Svalbard, na Noruega, terá amostras de sementes da Embrapa em seu banco genético. O banco norueguês é o mais seguro em termos físicos e ambientais do mundo. Situado dentro de uma montanha na cidade de Longyearbyen, foi construído para resistir a catástrofes climáticas como enchentes, terremotos, aquecimento e até mesmo a uma explosão nuclear. A Embrapa analisa o contrato de cooperação no que se refere à segurança do patrimônio genético brasileiro. O banco genético da empresa, localizado no Cenargen, em Brasília, é o maior do Brasil, com mais de 100 mil amostras de cerca de 400 espécies vegetais de importância socioeconômica.

 

Arroz na BM&F

Agentes norte-americanos discutiram no Rio Grande do Sul a inclusão do arroz gaúcho na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F). As negociações iniciaram no final do ano passado. São apenas duas as bolsas no mundo que operam essa modalidade: a de Chicago e a da Tailândia, e o Brasil pode ser o próximo. Os Estados Unidos também querem colocar na bolsa futura o arroz da Argentina e Uruguai. A explicação para isso são as características regionais, com abundância de produto. Face à redução dos estoques mundiais, três núcleos produtores que apresentam excedentes atraem especial atenção do mundo: Ásia (Vietnã e Tailândia), os Estados Unidos e o Mercosul.

 

Encontro

Cerca de 30 cientistas, empresários e produtores gaúchos participarão em Cuba, de 2 a 6 de junho, do IV Encuentro Internacional del Arroz, com programação contando de uma parte científica e tecnologia e outra mais votada à produção e negócios. O articulista de Planeta Arroz e consultor Gilberto Wageck Amato apresentará o trabalho “Escenario del arroz parboilizado en Brasil”, previamente aprovado pelo Comitê Científico. Para Amato será um marco para a exportação nacional: “O mundo ainda carece de conhecimento sobre a qualidade do nosso arroz”. Cuba tem 11 engenhos de parboilização.

 

Recomendações

 A cadeia produtiva e o Governo do Mato Grosso do Sul estão elaborando as suas recomendações técnicas para a cultura do arroz irrigado. Um grupo de estudos foi encarregado. As recomendações, referendadas por institutos de pesquisa, servirão como base tecnológica para a cultura e o financiamento da próxima safra. A demanda é da Associação dos Produtores de Arroz e Irrigantes do Mato Grosso do Sul (Apai/MS).

 

Arroz contra cólera

I – Cientistas japoneses desenvolveram uma variedade de arroz geneticamente modificada que tem os mesmos efeitos da vacina contra a cólera, publicou o jornal japonês Nikkei. Os grãos modificados incluem entre 15 e 30 microgramas de proteínas da bactéria da cólera e devem ser consumidos em pequenas doses, como um remédio, não como um alimento. A equipe, liderada pelo professor Hiroshi Kiyono, da Universidade de Tóquio, pretende repetir o mesmo com outros medicamentos que curem várias doenças.

II – Os cientistas utilizaram o arroz alterado para alimentar ratos que, posteriormente, desenvolveram anticorpos contra a cólera. Para usar em seres humanos será necessário multiplicar pelo menos por 10 a dose da vacina por cada grão de arroz. Os pesquisadores começaram a fazer testes com ratos para a vacina contra a gripe no mesmo formato. Estas plantas devem agora deixar os laboratórios e passarem para centros de produção protegida. O Japão quer liderar o ranking mundial da manipulação genética de plantas com fins terapêuticos.

 

Hora do Rizo

A Natural Comunicação, gestora do projeto Arroz Brasileiro, lançou a Turma do Rizo, linha cultural e educacional que leva conhecimento sobre o arroz e seus benefícios às crianças e jovens através de quatro pilares: nutrição, diversão, educação e saúde. Augusto Hauber Gameiro, idealizador do projeto, frisa que o objetivo é divulgar o arroz e disseminar informações sobre seu cultivo, importância nutricional e meio ambiente nos diversos países. O projeto tem propósitos educacionais e culturais que visam contribuir para o desenvolvimento físico e intelectual das crianças. A concepção da Turma do Rizo inclui a elaboração de uma revistinha para o público, com histórias em quadrinhos, jogos, receitas para crianças (e mães), curiosidades, entre outros. Conheça a Turma do Rizo e a revistinha em www.turmadorizo.com.br.

 

Selo verde

A produção gaúcha de arroz receberá o Selo de Responsabilidade Socioambiental. O objetivo é promover a sustentabilidade ambiental, desencadear o processo de certificação e rastreabilidade do arroz gaúcho e garantir o reconhecimento ao uso de práticas ambientais na lavoura. Para habilitar-se, o arrozeiro deve cumprir a legislação trabalhista, ambiental e fiscal e adotar o projeto Tecnologias mais Limpas. A validação do selo, pelo Irga, é anual. É garantia de reconhecimento do processo produtivo sustentável, visibilidade no mercado e ampliação nos valores de custeio.

 

Carta

 Na Carta de Agronômica, mais de oito mil famílias de rizicultores expressaram as dificuldades de se adequarem à legislação ambiental em Santa Catarina. Agronômica é o município recordista em produtivi-dade com até 16 toneladas/hectare. O uso de grandes quantidades de água e de todo e qualquer espaço ao plantio é o problema, pois e lei prevê a preservação de 30 metros de faixa ambiental entre as fontes de água e a lavoura. As famílias entendem que a sua sobrevivência depende da preservação dos recursos naturais. Mas, segundo o Ministério Público, diversos rizicultores não aceitaram o termo de ajuste e nem estão cumprindo as exigências da lei, estando sujeitos à responsabilização administrativa ou criminal.

 

Camarão

 O cultivo consorciado de arroz com camarão de água doce está sendo estudado pelo Instituto de Pesca e no Pólo Apta do Nordeste Paulista, em Mococa (SP), como opção de renda extra para rizicultores que adotam o sistema de cultivo inundado. Os pesquisadores estão em busca de rizicultores que reservariam uma pequena área de plantio e mão-de-obra. No sistema, o camarão e o arroz são cultivados simultaneamente. Os testes resultaram numa produção de aproximadamente 6,7 toneladas de arroz e de 98 quilos de camarão/hectare. A agregação de valor ao arrozal pode atingir R$ 1.960,00/hectare. 

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