Barragens se recompõem, mas plantio do arroz para e há perdas no RS

 Barragens se recompõem, mas plantio do arroz para e há perdas no RS

 (Por Emater/RS) A ocorrência de elevados volumes de precipitações, na primeira quinzena de setembro, resultou na suspensão dos trabalhos de preparação do solo e da semeadura. Apesar da eventual presença de dias ensolarados e das elevadas temperaturas subsequentes, os níveis de umidade no solo estão excessivamente elevados. Estima-se que seja necessário um período de até duas semanas sem precipitações para drenar o excesso de água e proporcionar a umidade ideal para a retomada dos processos de plantio.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, o plantio tecnicamente não iniciou devido à frequente ocorrência de chuvas desde o início do mês. Essa situação aumenta a probabilidade de que o plantio de lavouras extensas não aconteça no período ideal, especialmente considerando que não será mais possível aproveitar o mês de setembro para realizar a operação. Apesar das precipitações, os reservatórios, na região da Fronteira Oeste, ainda não atingiram sua capacidade máxima.

Em Uruguaiana e Barra do Quaraí, os níveis médios das barragens estão atualmente entre 75% e 80% de suas capacidades, respectivamente. Na Barragem Sanchuri, que abrange uma área inundada de aproximadamente 2.700 hectares e é uma das maiores do Rio Grande do Sul destinada à irrigação, a situação é ainda mais preocupante, pois a capacidade total está em apenas 40%.

Na região de Pelotas, iniciou-se a semeadura em Rio Grande, nos primeiros dias de setembro. Atualmente, as atividades estão paralisadas devido ao excesso de umidade no solo. Os reservatórios atingiram seu nível máximo. A Barragem de Santa Bárbara está em descarga pelo vertedor. Já na Barragem do Chasqueiro, o nível de água chega a 43 metros, o que  corresponde a 115% de sua capacidade de armazenamento, resultado das intensas e contínuas chuvas das últimas duas semanas em toda a região.

Na região de Santa Maria, no Vale do Jaguari, a enchente causou prejuízos aos arrozeiros que tinham suas áreas preparadas para a semeadura, como soterramento, formação de sulcos e destruição de taipas. No município de Jaguari, será necessário o replantio de 150 hectares, que já estavam cultivados.

Comercialização (saca de 50 quilos)

De acordo com o levantamento semanal de preços realizado pela Emater/RS-Ascar no Estado, o produto apresentou nova variação positiva de 1,89%, de R$ 95,84 para R$ 97,65. O Instituto Rio Grandense de Arroz (IRGA) estima cultivo de 902.425 hectares. A Emater/RS-Ascar projeta produtividade de 8.359 kg/ha. A cultura está em implantação.

1 Comentário

  • Nessas alturas já se tem um mapeamento das áreas alagadas, onde muitos produtores vão abandonar área de alto risco pra produção de arroz. Podendo reduzir até mais de 30% áreas pra arroz. Tendo pra quem tem procurar plantar soja em terras altas.

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