BC prosseguirá elevando os juros no Brasil

A inflação segue em patamar elevado, mas dá sinais de desaceleração, agora também no atacado. Os diversos índices mostram que o pior em termos de evolução de preços já pode ter ficado para trás. As variações ainda estão em nível incompatível com o cumprimento da meta. .

O Banco Central (BC) ainda terá de prosseguir com a elevação dos juros. Há pressões além dos preços dos alimentos, que foram os responsáveis pelo desvio da trajetória da inflação em relação à meta. Por conta disso, a taxa básica deve passar por novos ajustes de 0,75 ponto percentual. Mas o comportamento geral da inflação está um pouco melhor.

O IGP-M subiu 1,76% em julho ante a alta de 1,98% de junho. O IPA cedeu com a queda dos alimentos in natura, que tiveram deflação de 1,32%. O item matérias-primas brutas subiu em relação ao mês anterior, a alta na última apuração foi de 3,78%, com variações pesadas do milho (11,64%); da soja (9,38%) e do tomate (7,44%). Mas o grupo também teve desacelerações importantes. O arroz com deflação de 4,17%; o minério de ferro, de 1,41% e o leite, 1,83%. Bens intemediários ficaram com o pior desempenho, com alta de 2,51%. Materiais e componentes para manufaturas subiram 2,16%.

Os preços no varejo, como vêm mostrando vários índices ao consumidor, cederam também na composição do IGP-M. A dupla arroz com feijão, por exemplo, que tinha subido 11,16% no mês passado agora teve variação de 5,11%. O índice da construção foi de 2,67% para 1,42%.

A evolução geral dos índices ainda merece atenção. Não dá para apostar totalmente na continuidade dos movimentos de desaceleração, inclusive porque as commodities ainda registram variações fortes no exterior. Mas até por aí já se nota sinais mais positivos, como a recente queda dos preços do petróleo, o que traz um certo alívio até do ponto de vista da inflação mundial.

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