Brasil deve ter novo recorde na produção de alimentos

As ampliações das áreas de cultivo de algodão, feijão, soja e arroz contribuíram para o aumento .

O Brasil deve quebrar novo recorde na produção de alimentos. De acordo com estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), órgão vinculado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a produção nacional de grãos em 2010/2011 deve chegar a 161,5 milhões de toneladas.

Os dados com as estimativas da safra 2010/2011 constam do novo levantamento realizado pela Conab, divulgado nesta quarta-feira, (8) em Brasília. Segundo o ministro Wagner Rossi, os dados confirmam a previsão de recorde, com aumento de 8,2%, ou cerca de 12,2 milhões de toneladas a mais que a safra passada. A colheita passada chegou a 149,2 milhões de toneladas de grãos.

Segundo a Conab, a produção de grãos cresceu 1,25%, o que equivale a 2 milhões de toneladas, se comparada ao último levantamento, realizado em maio. A área cultivada também aumentou 3,8%, atingindo 49,2 milhões de hectares. Isso representa 1,82 milhões de hectares a mais do que em 2009/10, quando a área plantada foi de 47,4 milhões de hectares.

As ampliações das áreas de cultivo de algodão, feijão (primeira e segunda safras), soja e arroz foram os principais responsáveis pelo crescimento, juntamente com a boa influência do clima sobre o desenvolvimento das plantas. A previsão da safra de milho é também positiva.

O levantamento da Conab foi realizado por técnicos, no período de 16 a 21 de abril. Foram consultados representantes de cooperativas e sindicatos rurais, de órgãos públicos e privados nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, além de parte da região Norte.

Principais itens

Algodão – A cultura teve o maior crescimento percentual em área (1,39 milhão de hectares), com cerca de 66,4% a mais que no ano passado (836 mil hectares). A produção deve chegar a 2 milhões de toneladas da pluma, ou seja, cerca de 800 mil toneladas a mais que o número do levantamento anterior (1,2 milhão de toneladas).

Feijão – A área cultivada deve aumentar de 3,6 milhões de hectares registrados no ano passado para 3,9 milhões de hectares, o que representa crescimento de 7,1%. Já a produção pode alcançar 3,8 milhões de toneladas, elevação de 14,3 % em comparação ao mesmo período de 2010. A área da primeira safra é de 1,4 milhão de hectares, enquanto a da segunda safra deverá atingir 1,7 milhão de hectares e a da terceira safra, 771 mil hectares.

Soja – O aumento de área foi de 2,9 %, passando de 20,4 milhões de hectares para 24,1 milhões de hectares. A produção cresceu 9,2%, subindo para 75 milhões de toneladas. A colheita do grão está encerrada.

Arroz – A área cultivada registrou crescimento de 3,6% e deve chegar a 2,86 milhões de hectares. A produção apresenta um aumento de 18,4%, ampliando para 13,8 milhões de toneladas a safra anterior, que foi de 11,7 milhões de toneladas.

Milho – A produção de milho total deverá ser de 56,7 milhões de toneladas, pouco acima da safra passada (56 milhões de toneladas). Para o milho segunda safra, a estimativa é de 5,7 milhões de hectares, equivalente a um aumento de 8,8%. A produção deve chegar a 21,7 milhões de toneladas.

Canola – Nesta safra, a área cultivada deve ser de 89 mil hectares, o que representa um aumento de 11,4% sobre a área anterior, (80 mil hectares). A produção esperada é de 290,8 mil toneladas, 15% a mais que na safra anterior (252,9 mil toneladas). O cultivo é realizado principalmente na Região Sul do país.

Trigo – A área planta com trigo deve diminuir em 4,3%, de 2,1 milhões de hectares para 2 milhões de hectares. A produção deve ser de 5,4 milhões de toneladas, com redução de 7,6% sobre a anterior (5,9 milhões de toneladas). As variedades mais semeadas neste ano são as destinadas à panificação.

1 Comentário

  • …e os produtores estão quebrados e os preços crescendo na prateleiras!!! O Brasil quebrou e com ele vai afundar junto uma política econômica que prioriza a especulação ao invés da produção! que aceita passivamente a entrada de produtos estrangeiros para que atrás dele venha o capital estrangeiro para ser remunerado com as maiores taxas de juros pagas no mundo, tudo isso com títulos públicos. O Brasil está falido sim. Sua dívida interna indica isso. Alguém terá de pagar a conta um dia. Por enquanto é o setor agrícola e a classe média. Em breve serão todos!!!

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