Brasil e Paraguai fecham acordo para fortalecer controle sanitário na fronteira

 Brasil e Paraguai fecham acordo para fortalecer controle sanitário na fronteira

Ministros negociam acordo sanitário, fiscal e regulação do fluxo de oferta para o arroz paraguaio

Memorando de entendimento foi firmado em reunião da ministra Tereza Cristina e secretários com o ministro da Agricultura paraguaio e equipe técnica, em Assunção..

 Brasil e Paraguai firmaram nesta terça-feira (9) um memorando de entendimento sobre temas na área sanitária animal e vegetal. O assunto foi tratado em encontro da ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) com o ministro da Agricultura paraguaio, Denis Lichi, em Assunção.

Segundo a ministra, o memorando trata de temas como vazio sanitário, uso de defensivos agrícolas, época de plantio de soja e a construção de um banco de vacinas público de aftosa entre os dois países.

“Tratamos de assuntos de interesse entre os dois países na área sanitária animal e vegetal visando os mercados que temos em conjunto e que poderemos aumentar essa abertura de mercado entre os nossos países”, disse. Segundo ela, a cada três ou quatro meses haverá uma reunião conjunta entre os dois países para avançar nesses temas.

Fronteiras

Para o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, José Guilherme Leal, os acordos reforçam o controle nas fronteiras. “Isso dá mais credibilidade e segurança aos pecuaristas em relação aos seus rebanhos e respaldo no mercado internacional, pelo reforço integrado dos dois países”, afirmou o secretário, após a reunião.

Segundo ele, o reforço acertado envolve questões sanitárias em cadeias muito importantes, como a pecuária de corte. “E, na área vegetal, o foco é na cadeira produtiva da soja, no controle da ferrugem asiática. Vai permitir maior eficiência do nosso serviço sanitário”, explicou.

O secretário observou que o acordo traz benefícios aos produtores, melhorando o controle das doenças animais e as pragas vegetais. “Também nos fortalece do ponto de vista das exportações. O serviço sanitário dos dois países mais forte nos dá condições para ampliar o mercado nesse momento importante em que o Mercosul fechou acordo com a União Europeia”.

Também é favorecido, disse Leal, o comércio bilateral, “com as medidas de controle integrado das aduanas e outras medidas adicionais de desburocratização, para controle efetivo, mas dando um fluxo maior das mercadorias de parte a parte”.

O secretário de Política Agrícola do Ministério, Eduardo Sampaio Marques, comentou ser “muito importante coordenar com o Paraguai o calendário de plantio, especificamente de soja”, para o controle de pragas. Também participou da reunião o secretário de Comércio e Relações Internacionais, Orlando Ribeiro.

Arroz

Durante a reunião, a ministra propôs a organização de um acordo entre o setor privado dos dois países sobre os períodos de exportação de arroz. Segundo ela, a entrada do produto no Paraguai no Brasil não envolve problema de volume. “São questões pontuais de impostos em determinados estados e o período de importação”, disse.

Segundo a ministra, a força exercida por comerciantes nos meses em que a produção é colhida joga o preço do produto para baixo. Ela acrescentou que os produtores têm sofrido muito com o preço. “Neste ano, houve quebra de produção, com a cheia e depois seca e mesmo assim, o preço não recuperou para compensar custos de produção”.

Segundo ela, esse é um problema em todo o Mercosul, no Uruguai, no Paraguai e Brasil. “Não é assunto do governo mas podemos organizar a conversa para melhorar a situação”, sugeriu.

A ministra comentou ainda que tem trabalhado juntamente com secretários do Mapa para ampliar mercados em vez de disputar espaço no Mercosul.

2 Comentários

  • Pelo andar da carroça, tudo vai continuar na mesma, até neste governo não existe vontade de corrigir as ”tão repetidas ”assimetrias deste tratado que a décadas nos inferniza. Tudo segue igual no país do Cabral.!!!

  • Seu Carlos mais ou menos a coisa vai ser assim: Vão renegociar as dívidas empurrando lá para frente, vão subir o pis/cofins para compensar os 10% que cairá o dolar… O Sr. acredita que irão fiscalizar esse arroz que vem de fora (a qualidade)??? Tudo balela… Vão trocar 6 por meia dúzia e que se virem os produtores!!! Corrigir as assimetrias do Mercosul, securitização tesouro direto e incentivo as exportações pouco se fez/faz… E o pessoal seguirá plantando… Porque não acreditam na soja… Porque acreditam nos milagres politiqueiros!!!

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