Brasil embarca em julho o maior volume de arroz em dois anos
(Por Planeta Arroz) O mês de julho mostrou forte reação para as exportações brasileiras de arroz, segundo avalia o Cepea, responsável pela elaboração do indicador de preços do arroz para o Rio Grande do Sul, em parceria com o Irga. Considerando o produto base casca, e de acordo com dados da Secex, o Cepea aponta que o total embarcado em julho foi de 207,17 mil toneladas, 57,8% acima do verificado em junho de 2022, e o maior volume desde agosto/20 (quando foi de 212,8 mil t). Assim, no acumulado de 2022 (de janeiro a julho), os embarques do cereal ao exterior somam 901,7 mil t e já correspondem a 78,3% do total exportado em todo o ano 2021 (de 1,15 milhão de t).
Na parcial do ano, segundo os analistas da Esalq/USP, os principais destinos do arroz brasileiro são: Senegal, que corresponde a 22,8% do embarque total de jan/22 a jul/22, seguido por México (18,3%), Venezuela (14,9%), Cuba (9,8%), Peru (8,9%), Gâmbia (6,2%), Países Baixos (4,6%) e, Costa Rica (2,7%).
No entanto, em 2021, a principal procura veio dos seguintes países: Venezuela (14,1%), seguida pelos Países Baixos (13%), Senegal (12,2%), Peru (11,4%), Gâmbia (10,7%), Cuba (7,8%), Costa Rica (7,2%) e Estados Unidos (5%).
Especificamente em julho/22, com destino ao México, foram embarcadas 83 mil toneladas do arroz brasileiro, sendo 40,1% do total exportado pelo Brasil no mês. Em seguida estiveram Cuba (44,27 mil t ou 21,4% do total), Venezuela (33,93 mil t ou 16,4%), Peru (20 mil t ou 9,7%) e Senegal (17,63 mil t ou 8,5%). Outros 52 destinos absorveram 4% dos embarques do arroz nacional. As negociações aconteceram em maio e, principalmente junho.
IMPORTAÇÕES
O relatório do Cepea, em parceria com o Irga, também revela que quanto às importações do casca, também apresentaram movimento crescente. Em julho/22, chegaram aos portos brasileiros cerca de 118,67 mil toneladas do cereal, volume 13,3% maior que o do mês anterior e 49,6% acima do de julho/21. Trata-se do quinto mês consecutivo em que as aquisições são superiores a 100 mil toneladas.
“Dentre as origens do arroz importado, 99,5% vieram de países do Mercosul (70,6% do Paraguai, 19,3% do Uruguai e 9,5% da Argentina). Itália, Tailândia e Paquistão foram responsáveis pelo envio do volume restante em julho”, diz o boletim.
Em termos de preços, exportadores nacionais receberam, em média, US$ 320,18/tonelada em jul/22, o equivalente a R$ 85,94/saca de 50 kg FOB (Free On Board) no porto de exportação. O valor médio FOB origem do arroz importado, por sua vez, foi de US$ 287,33/t, ou de R$ 77,12/sc de 50 kg. “A média do dólar foi de R$ 5,37 em julho”, completa. (*Com informações do Cepea)