Cadeia do arroz se reúne no TO para discutir demandas e melhorias para safra 2012/13

Um dos maiores gargalos apontados pelos membros foi o distanciamento entre orizicultores e empresários da indústria do arroz, verificando a necessidade de se buscar dinâmicas para aproximá-los.

A 3ª Reunião da Comissão Técnica do Arroz do Tocantins, que tem por objetivo ser um órgão colegiado para o desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Arroz para aquele estado, foi realizada em Gurupi, no Campus da Universidade Federal do Tocantins, nos dias 23 e 24 de agosto. Atores de todos os segmentos debateram problemas e apontaram soluções para entraves, visando ao melhor desempenho da orizicultura Tocantinense, tendo por preceito o estímulo à atuação articulada dos envolvidos. A reunião ordinária da comissão ocorre de dois em dois anos, quando são atualizadas as informações técnicas em forma de documento impresso, distribuído para os técnicos da região. Na oportunidade também são discutidos temas prioritários a serem trabalhados pelos membros da Comissão, no período entre os encontros.

Por três motivos, a escolha de uma Universidade como local de realização da reunião foi muito adequada: excelente apoio e infraestrutura, o estímulo aos docentes e discentes às pesquisas com arroz e o despertamento dos alunos, futuros profissionais do agronegócio, para a importância dessa cultura. Outro aspecto positivo da reunião foi a palestra sobre a Fundação de Amparo à Pesquisa do Tocantins.

Antes da reformulação do conteúdo do documento “Informações Técnicas Para o Cultivo do Arroz no Estado do Tocantins”, foi discutido o papel do mesmo. A conclusão foi que deveriam constar dados com potencial para subsidiar tomadas de decisão relativas aos propósitos da Comissão. Também foi discutida a necessidade de se criar mecanismos para que, na próxima edição, contenha informações técnicas geradas na região, e que o início do processo de renovação se dê com um trimestre de antecedência da reunião. Outra novidade foi a elaboração de um documento com informações voltadas para o arroz de terras altas – nos anos anteriores tratava-se somente de arroz irrigado.

Um dos maiores gargalos apontados pelos membros foi o distanciamento entre orizicultores e empresários da indústria do arroz, verificando a necessidade de se buscar dinâmicas para aproximá-los. O desconhecimento acerca do excedente na produção do estado, os detalhes do mercado varejista, demandas das indústrias quanto à qualidade, informações técnicas e disponibilidade de sementes de cultivares foram apontados como fatores limitantes da cadeia. Pelo lado da produção, apontou-se a necessidade de realizar pesquisas locais para ajustar as práticas de manejo da cultura, principalmente, sobre a utilização de defensivos e outros produtos que estão sendo recomendados pelos assistentes técnicos.

O presidente eleito para a gestão da comissão no próximo biênio, professor Manoel Mota dos Santos, irá indicar pessoas que formarão grupos de trabalhos para dar encaminhamento às demandas aprovadas na plenária final. Ressalta-se que aquelas que tiveram maior apelo foram: buscar alternativas para aproximar a indústria arrozeira dos orizicultores: preparar uma proposta para elaboração de um projeto multi-institucional e multidisciplinar, a ser apresentado à fundação de pesquisa do Tocantins, e encaminhar demandas para órgãos de fomento.

Os interessados nos trabalhos da comissão podem entrar em contato pelo email ctatocantins@gmail.com.

O projeto Rede Brasil Arroz não só apoia como participa ativamente desse desafio no Tocantins.

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