Cadeia produtiva participa da 1ª Reunião Ordinária da Câmara Setorial do Arroz
Setor produtivo se reúne em busca de soluções para os problemas do grão.
Representantes de entidades do setor arrozeiro se reuniram nessa terça-feira (19), na sede do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), em Porto Alegre, para discutir as demandas sugeridas pelos Grupos de Trabalho (GT) que integram a Câmara Setorial do Arroz, reativada em fevereiro, pelo governador Tarso Genro. O principal objetivo é encaminhar as medidas emergenciais do setor aos governos Estadual e Federal.
Segundo o secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Luiz Fernando Mainardi, a atividade orizícola deve ser reestruturada. O dirigente afirmou que é necessário retirar o excedente do produto com o apoio do governo Federal. “Temos que apresentar uma pauta para o custo de produção e alternativas para solucionar essa questão”. Mainardi afirmou que o setor tem que se adequar às condições do mercado internacional.
Para o presidente do Irga, Claudio Fernando Brayer Pereira, o momento é de elaboração de ideias e estudos para a proposição de políticas públicas a fim de fortalecer a cadeia produtiva de arroz. “A Câmara Setorial chega em boa hora”, salientou. De acordo com Pereira, a reunião é uma excelente oportunidade para discutir as demandas do setor orizícola.
Conforme o presidente da Federarroz, Renato Rocha, a expectativa é que os Governos busquem soluções emergenciais para que mudanças sejam feitas a partir dos encaminhamentos dos pleitos da Câmara Setorial do arroz. O dirigente acredita que a pesquisa voltada para o uso do biocombustível seja uma boa alternativa para uso do cereal. Os dirigentes esperam que essas intenções constem entre os encaminhamentos do GT 1 que trata do Programa de Alternativas para os Usos do Arroz e Incrementos de Outras Culturas para Terras Baixas.
Na ocasião, o chefe de gabinete do Irga, César Marques Pereira, apresentou os encaminhamentos dos GT 2 e GT 3 que abordam o Comércio do Arroz no MERCOSUL e Mercado Mundial, e Carga Tributária na Cadeia do Arroz, respectivamente.
Foi discutida a importância da criação de uma força política capaz de apontar para os governos, do estado e federal, o que pode ser feito e as medidas necessárias para que o arroz da Metade Sul se torne cada vez mais competitivo. Sobre o mercado do arroz, a intenção do setor é demonstrar claramente que a guerra fiscal praticada pelos estados não produtores prejudica enormemente o Estado e a indústria gaúcha.
Participaram os integrantes da Câmara Setorial do Arroz, representantes da Secretaria da Agricultura e Abastecimento (Seapa), Federação da Agricultura do Estado do RS (Farsul), Federação das Cooperativas de Arroz do RS, Sindicato das Indústrias do Arroz do Estado do RS (Sindarroz), Sindicato da Indústria do Arroz de Pelotas (Sindapel), Federação da Associação dos Arrozeiros do RS (Federarroz), Associação Brasileira das Indústrias do Arroz Parboilizado (Abiap), Associação dos Produtores de Sementes do RS (Apassul), Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Federação dos Trabalhadores da Indústria da Alimentação, Clube do Plantio Direto e Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag), Embrapa, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), e Universidade Federal do Rio Grande (Furg).