Câmara paraguaia condena cocaína no arroz na Bélgica e quer ações do governo
(Por Prensa Mercosul) Mais de 5,1 toneladas de cocaína foram encontradas na Bélgica em um contêiner de arroz originado no Paraguai. A Câmara Paraguaia do Arroz nega ligações com o ilícito e denuncia que seus produtos e rotas foram utilizados pelas máfias das drogas e violados após o carregamento do arroz em alguma altura do caminho à Europa, provavelmente.
Por meio de um comunicado, a Câmara Paraguaia dos Industriais do Arroz (Caparroz) se pronunciou sobre as mais de 5 toneladas de cocaína provenientes de nosso país, detectadas no porto de Antuérpia, na Bélgica.
“Nosso sindicato ou associados não têm relação com essa constatação ou com o tráfico de drogas”, expressa o esclarecimento.
Acrescenta que o produto de exportação está sendo utilizado pela máfia internacional e mal-intencionados, totalmente alheios ao negócio do arroz, como meio de comércio internacional de drogas, aproveitando as rotas usuais utilizadas pelos exportadores.
Ignacio Heisecke, vice-presidente da Caparroz, lamentou o ocorrido e disse não ter a menor ideia de quem poderia ser o dono da carga.
“Chama nossa atenção, porque com os controles que temos, não é fácil introduzi-los nos contêineres”, comentou Heisecke em entrevista ao programa Info + da Gen-Nación Media.
Ele pediu às autoridades que tomem as medidas pertinentes com os responsáveis, para não sujar a marca-país ou prejudicar o setor arrozeiro. Ressaltou também que, historicamente, tudo o que se encontra no exterior nunca foi atribuído a nenhuma indústria local.
A Caparroz reúne 14 empresas industriais e, nos últimos cinco anos, o arroz paraguaio chegou a 61 países.