Caminhoneiros paraguaios derramam carga de arroz na fila de exportação
(Hoy, Paraguai) Depois de mais de uma semana com piquetes e paralisação de pontos estratégicos ao transporte, a greve dos caminhoneiros paraguaios alcançou um patamar preocupante e ameaça descambar para a violência. Manifestantes exigindo a aprovação da lei de frete abriram um caminhão que estava na fila de exportação e derramaram uma carga de arroz com destino ao Brasil. Além disso, o bloqueio de rotas em nível de país é mantido pelos caminhoneiros paraguaios.
A gerente geral da Cappro (Câmara Paraguaia dos Processadores de Oleaginosas e Cereais do Paraguai), Sandra Noguera, informou que na tarde desta quinta-feira, no auge do Km 4 de Ciudad del Este, foi registrado um novo ataque a um caminhão de soja.
Os manifestantes, insatisfeitos com os trabalhadores que não aderiram à medida de força, abriram o caminhão e derramaram toda a carga de arroz que estava preparada para exportação para o mercado brasileiro.
“Por quanto tempo eles vão permitir que prejudiquem o país? Uma coisa é reivindicar pacificamente o direito, outra é proibir a livre circulação, atacar quem quer trabalhar, cargas e caminhões. Quem precisa trabalhar não consegue”, lamentou Noguera.
Ela argumentou que o prejuízo de todos esses dias é irreparável e que há pessoas “falidas porque não podem vender seu leite, pequenas fazendas que perderam galinhas, pessoas que dependiam da venda de coisas para seu sustento”. Indicou que o vandalismo é contra todos.
A greve e os piquetes de caminhoneiros têm sido criticados pela área do Agronegócio no Paraguai, que é altamente dependente das exportações. O setor arrozeiro é um deles.