Capital Nacional do Arroz prefere a soja
Soja: Cachoeira do Sul terá a segunda maior área plantada de soja do RS
Parte das lavouras de arroz, em várzea, também darão lugar à soja em Cachoeira do Sul. A Capital Nacional do Arroz, muda seu foco graças à rentabilidade da soja.
Os produtores rurais estão iniciando o plantio da maior lavoura da história de Cachoeira do Sul. Nesta safra, a área destinada para a soja deve chegar à casa dos 100 mil hectares, três vezes mais que a usada para o cultivo do arroz, que por décadas foi o principal produto agrícola de Cachoeira. No ano passado, com 95,5 mil hectares, o município cultivou a segunda maior lavoura de soja do Rio Grande do Sul, perdendo apenas Tupanciretã, que cultivou 140mil.
Considerando somente os gastos dos agricultores com sementes, fertilizantes e defensivos, a conta para plantar estes 100 mil hectares de soja chega a R$ 70 milhões. Se a colheita for cheia, com uma média de 50 sacos por hectare, esta lavoura deverá gerar uma renda bruta de R$ 350 milhões, o dobro do orçamento da Prefeitura para 2013. A projeção é feita com um valor base de R$ 70,00 para a saca.
A tendência é que a variação dos preços da soja seja pequena na próxima safra em razão dos estoques mundiais estarem baixos e a demanda deve se manter alta ao longo da colheita. A disparada do preço da soja neste ano ocorreu devido à quebra de 43,8% na safra deste ano no Rio Grande do Sul. O levantamento feito pela Companhia Nacional de Abastecimento indica que a colheita gaúcha poderá atingir o recorde de 12,13 milhões de toneladas.
Soja no Brasil
Segundo dados divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento, a área plantada de soja deve ficar entre 26,42 e 27,32 milhões de hectares no Brasil, contra 25,04 milhões de hectares na safra passada, um aumento de 5,5% a 9,1%. A colheita vai variar entre 80 e 82,8 milhões de toneladas, conforme o projetado pela Conab, o que, se confirmado, será entre 20,6% a 24,8% maior que a anterior.
UMA PERGUNTA
Por que a área com soja vai crescer?
O motivo é que o preço do grão está em alta no mercado. “Basicamente, por uma questão de quebra de safra. Nós tivemos na safra 2011/2012 primeiro uma quebra no Brasil e na Argentina por questão de seca. Depois, a grande quebra de safra americana. Os Estados Unidos tiveram uma seca nunca vista e uma quebra de safra muito grande. Isso fez com que os preços subissem para patamares muito altos”, explica Edilson Guimarães, diretor de comercialização do Ministério da Agricultura.
6 Comentários
A cultura da Soja não veio para substituir o cultivo do arroz mas para proporcionar uma outra fonte de renda e de opção de plantio para o arrozeiro gaúcho. A “MONORENDA” (como já declarei) nos força a plantar o que a várzea produz bem (e diga-se de passagem, sabemos muito bem como produzir arroz) .
As culturas de sequeiro já foram cogitadas como rotação para a CULTURA DO ARROZEIRO mas não levamos muita fé … mas nunca o sapato apertou tanto como agora.
Agora vamos aprender a também produzir Soja nos campos de difícil drenagem e depois que dominarmos a técnica vamos para o sorgo ,e o milho , quem sabe…e diversificar a nossa renda.
Os lavoreiros de cachoeira estão de parabéns.
Vamos aproveitar o momento.
A título de incentivo vou repassar o que ouvi de um tradicional plantador e PRODUTOR de arroz da minha região.”HOJE A DRENAGEM ESTÁ MAIS EFICIENTE , ESTÁ MAIS EFICIENTE ATÉ QUE A A PRÒPRIA CAPACIDADE DE IRRIGAÇÃO”.
Vamos diversificar o que produzimos e não ficaremos mais a mercê do MERCADO.
Bom Plantio.
so vamos ter bons preços de arroz se diminuirmos a produçao, se colhermos 30 a 35 sacos de soja por ha, é melhor para nosso bolso, vamos tentar parar com arroz, chega de engordar nossos governantes, bancos agiotas, maquinistas inescrupulozos, enfim uma cambada de chupins…..
Sempre defendi que as soluções para aos problemas dos arrozeiros estão nas nossas mãos. Estamos situados em uma das melhores regiões do planeta para a produção de arroz de alta qualidade. Basta que diminuamos um pouco o tamanho de nossas lavouras, que o mercado será sempre comprador de produto de qualidade. Felizmente hoje a soja de hábito de crescimento indeterminado está adaptada aos solos arrozeiros. E, como postou o Sr. Lobato, é só caprichar na construção dos drenos superficiais que teremos grandes e lucrativas produtividades na soja. E tem mais: naquelas áreas altamente infestadas com arroz vermelho tolerante ao clearfield, experimente colocar BOI. Vais ver que espetáculo de pastagem “de graça”. E tem mais: em uma área de várzea periférica às minhas lavouras, de difícil acesso, caro de levar água, plantei …….EUCALIPTO. Fiz camalhões com a entaipadeira (todos temos) e o desenvolvimento das plantas é um espetáculo. Melhor que na coxilha. Moerões, tramas, pranchas, lenha, tábuas, varas, etc, tem mercado garantido! Então pessoal, a solução dos problemas do arroz está em nossas mãos. É uma questão de ATITUDE!
Grande Fernando! Parabéns pela clareza de diagnóstico e tratamento; realmente, as soluções estão em nossas mãos, mas não dispensamos atitudes dos governos também.
Grande Fernando mesmo, que a “a turma do amendoim” pare de reclamar ou então que não plantem mais arroz, ou ainda, sigam os bons exemplos de produtores que temos em nosso Estado. OLHO VIVO.