Casca de arroz será combustível estratégico do Estado

Seminário discutirá geração de energia limpa no Rio Grande do Sul e inclui a casca de arroz no programa de usinas de biomassa.

A Secretaria de Energia, Minas e Comunicações (Semc) do Rio Grande do Sul promoverá no dia 24 de setembro o 3º Seminário Internacional de Inovação Tecnológica e Mecanismos de Desenvolvimento Limpo – a Biomassa como fonte energética. O evento, no Centro de Convenções da Fiergs, fará parte das iniciativas do Governo do Estado no sentido de incrementar a geração de energia limpa (não-poluente) no Rio Grande do Sul, no caso através de fontes de biomassa (casca de arroz e serragem).

Estas usinas utilizarão como combustível casca de arroz ou resíduos de madeira (serragem). O potencial termelétrico anual estimado de geração de energia advinda da casca de arroz no estado é de 100 MW. Os principais pólos produtores de arroz no Estado são Alegrete, Bagé, Camaquã, Dom Pedrito, Itaqui, Pelotas e São Borja. A produção anual de casca de arroz no estado é de 1.200.000 t/ano.

Cerca de 300 investidores e empresários dos setores arrozeiro e madeireiro de todo o país devem comparecer ao seminário, que reunirá especialistas brasileiros e holandeses. A promoção e realização do evento é do Governo do Estado, da PTZ Fontes Alternativas de Energia e da Delegação Comercial Holandesa (NBSO – Netherlands Business Suport Office), com apoio da Fiergs.

O programa do evento contempla, pela parte da manhã, os mecanismos necessários para o desenvolvimento limpo do Rio Grande do Sul. Haverá painéis sobre os projetos de biomassa projetados e em andamento no Rio Grande do Sul, uma exposição sobre as negociações relativas aos créditos de carbono e acerca do Protocolo de Kyoto. À tarde, o tema em debate será inovação tecnológica, com abordagens a respeito das novidades no setor de geração de energia com fontes de biomassa.

O incentivo aos projetos de biomassa estão sendo priorizados pela Semc, visto que na primeira fase do Proinfa nenhum projeto foi aprovado para o Estado devido à falta de empreendedores.

“Somos um dos poucos estados com potencial de produzir energia nos três setores do Proinfa (eólico, pequenas centrais hidreléticas e biomassa), que garante a compra da energia por 15 anos”, comenta o secretário de Energia, Valdir Andres. “Temos que aproveitar esta possibilidade para gerar energia, empregos e desenvolvimento ao Rio Grande”, completa.

Nesse sentido, foi formado um Grupo de Trabalho (GT) para viabilizar a implantação de projetos de biomassa no estado, reunindo empresários dos setores madeireiro e arrozeiro, BRDE, Caixa de Fomento RS, Fepam, entre outros participantes.

O Rio Grande do Sul possui hoje sete usinas de biomassa em operação, localizadas em Uruguaiana, Itaqui, São Gabriel, Bagé, Piratini, Encruzilhada do Sul e Cambará do Sul. Juntas, elas produzem cerca de 30 MW de energia. A Secretaria de Energia, Minas e Comunicações (SEMC) possui um estudo de implantação de um conjunto de 12 usinas termelétricas à biomassa no estado, representando um total de 96 MW de capacidade instalada e investimentos da ordem de R$ 120 milhões.

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