Cautela e canja de galinha

O rizicultor não tem mais como sobreviver cuidando apenas de uma etapa da safra: do plantio à colheita.

Mais uma safra difícil chega ao final para o produtor de arroz. Para quem tem uma estrutura profissional, os horizontes são melhores vislumbrados. Para o pequeno produtor, principalmente o gaúcho, mal deu tempo de parar para pensar na comercialização e nos preparativos para a próxima, que já começa agora, na compra dos insumos. O clima atrapalhou, mas evidenciou também que a informação é cada vez mais decisiva nos resultados de uma lavoura. Houve quem esperasse mais do que deveria para fazer o preparo do solo, e o preço foi alto: 1 milhão de toneladas, mais de 60%, em razão do plantio atrasado e dos replantios.

Mas a safra 2009/10 deixou suas lições. Uma delas é que, além do ajuste fino nas tecnologias, o rizicultor não tem mais como sobreviver cuidando apenas de uma etapa da safra: do plantio à colheita. A necessidade de adotar ferramentas de gestão e buscar a capacitação tanto para ações comerciais quanto de planejamento e estratégias financeiras e administrativas é emblemática. Foi-se, há muito, o tempo em que produzir bem e cuidar da lavoura com capricho eram garantias de bons resultados. Hoje, além das práticas de manejo, comprar insumos e vender bem o produto é vital para a saúde financeira da lavoura, da propriedade, da empresa – e da família. Gestão é a palavra de ordem.

Ao longo desse número da Planeta Arroz será possível observar as ações da cadeia produtiva em busca da gestão de seus grandes temas, como mercados, importação, exportação, preços, seguro agrícola, mecanismos de comercialização, custeio, tecnologias e muito mais.

Boa leitura!

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