Centro-Oeste deve se tornar maior produtor de grãos do país
Nas três últimas décadas, a produção nesta região saltou de 4,2 milhões de toneladas, para 49,3 milhões de toneladas, com aumento médio de 1,5 milhão de toneladas por safra.
Entre cinco e oito anos, o Centro-Oeste deve se tornar o maior produtor de grãos do Brasil, segundo projeção do gerente de Levantamento e Avaliação de Safras da Conab, Eledon Oliveira. Nas três últimas décadas, a produção nesta região saltou de 4,2 milhões de toneladas, para 49,3 milhões de toneladas, com aumento médio de 1,5 milhão de toneladas por safra. Foram 1.157% de crescimento no período, enquanto a região Sul, maior produtora do país, cresceu 278%.
O Centro-Oeste é líder nacional no cultivo de algodão, girassol, soja e sorgo e o segundo maior produtor de milho. Os estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, além do Distrito Federal, formam o segundo centro de produção do país. Na safra 1977/1978, esta região era a penúltima produtora, à frente apenas do Norte.
O desenvolvimento de novas técnicas de correção do solo, investimentos em armazenagem e a abertura de estradas foram os principais responsáveis pelo crescimento.
O clima também contribuiu para que a colheita atual da região central fosse dez vezes maior que há 30 anos. As oscilações de temperatura não costumam serem tão bruscas na região Centro-Oeste, como ocorrem em outras regiões. A região é menos suscetível que o Sul e o Sudeste às estiagens e fenômenos climáticos, como o La Niña.
Atualmente a área plantada na região é de 15,1 milhões de hectares, pouco mais de três vezes que a quantidade de terras semeadas no final dos anos 70. Os preços atrativos das commodities agrícolas nos últimos anos têm contribuído para a substituição de pastos por lavouras. Só nas últimas cinco safras, houve uma expansão de cerca de 750 mil hectares, sobretudo em áreas de pastagens.