Cesta de alimentos da classe média pode ter o quinto aumento consecutivo
Frutas, arroz e feijão são por enquanto os maiores vilões do aumento, mas produtos como o pão francês, óleo de soja e peito de frango também apontam alta e podem interferir no preço final da cesta..
A cesta de alimentos da classe média pode ter o quinto aumento consecutivo no final do mês de setembro, segundo levantamento da Empresa Júnior Fabavi feito na primeira quinzena deste mês. Comparando os preços em 10 grandes redes de supermercado da Grande Vitória, a equipe estima que a alta fique entre 1% e 2%.
Frutas, arroz e feijão são por enquanto os maiores vilões do aumento, mas produtos como o pão francês, óleo de soja e peito de frango também apontam alta e podem interferir no preço final da cesta.
Entre as frutas, destaque para o preço do mamão Havaí que deve subir até 50%, impulsionado pela menor oferta no Espírito Santo e no sul da Bahia, principais regiões produtoras da variedade, devido ao clima quente e seco nessas regiões em agosto que prejudicou a produção.
O preço do feijão preto deve subir até 20%. Em Estados produtores importantes como Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Bahia, a frustração de uma das safras, decorrente de adversidades climáticas, diminuiu a oferta de feijão no mercado. O valor do arroz pode subir até 6%. A redução na área plantada no continente está provocando o aumento do preço pago ao produtor neste semestre. Os agricultores da América Latina e dos Estados Unidos estão trocando o plantio de arroz por produtos destinados ao biocombustível, ou seja, o biodiesel pode estar impulsionando o preço do arroz.
O pão francês e farinha de trigo podem ter um aumento de até 7%. As padarias dos supermercados estavam com o preço defasado e devem aumentar até o final do mês. O reajuste é uma tendência nacional, já que o preço da farinha de trigo é uniforme e representa o maior peso no preço do pão. O movimento de preços do trigo na Argentina – maior fornecedor para o Brasil- faz o produtor nacional também reajustar o valor.