China

A província Hainan, no sul da China, decidiu construir cinco reservas naturais para proteger a decrescente quantidade de terra alocada para o cultivo de arroz selvagem. A ilha é o berço desse produto e todos os três tipos de arroz selvagem foram ali descobertos. Cada reserva terá cerca de 6,7 hectares e zonas de defesa serão também construídas para que o ambiente original não seja degradado. A expansão das atividades humanas e as mudanças ecológicas levaram à redução das áreas de cultivo do arroz selvagem, que está sob proteção estatal na China. O arroz selvagem foi armazenado em bancos genéticos com o propósito de prover genes úteis para melhorar a qualidade do arroz. No final da década de 1970, a China produziu o primeiro arroz híbrido do mundo após o arroz selvagem ter sido encontrado em Hainan.

 

Índia

 O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estimou uma queda de um milhão de toneladas na produção da safra 2003/ 2004 na Índia, um dos maiores produtores mundiais do cereal e grande consumidor. A estimativa é de que o país alcance uma produção de 88 milhões de toneladas, contra uma projeção inicial de 89 milhões de toneladas. A concretização de maiores compras de arroz pelo Governo, durante o ano comercial em andamento, tem ajudado a atenuar a situação dos estoques, que em outubro de 2003 alcançaram seu nível mais baixo em 10 anos: 5,2 milhões de toneladas.

 

IRRI

Segundo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), é urgente a necessidade de aumentar a oferta de arroz, devido à crescente demanda por parte de uma população de renda muito limitada, cujo número aumenta exponencialmente. Um estudo do International Rice Research Institute (IRRI) assinala que o cidadão médio em países como Bangladesh, Vietnã e Myanmar consome entre 150 e 200 quilos de arroz por ano, o que representa dois terços ou mais das calorias consumidas e cerca de 60% do consumo diário de proteína. "Para os mais pobres, o arroz é um luxo", diz o estudo.

 

Licença na mão

Mais de 95% da área plantada de arroz no Rio Grande do Sul na safra 2003/2004 está em dia com o licenciamento ambiental para as próximas safras. Dos 1,041 milhão de hectares plantados na safra passada, 1,022 milhão buscaram o licenciamento que passa a valer a partir da próxima colheita. Segundo o vicepresidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Francisco Lineu Schardong, os produtores de arroz do Rio Grande do Sul estão conscientes de sua responsabilidade ambiental e foram receptivos ao alerta realizado pela entidade para encaminhar a documentação com preços menores e menor burocracia.

Segundo Schardong, menos de 100 mil hectares de áreas de arroz ficaram de fora do licenciamento. Esses produtores terão que buscar o licenciamento pagando mais caro e enfrentando um processo um pouco mais burocrático por não terem obedecido os prazos que foram negociados entre a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) e as entidades representativas da cadeia arrozeira. Ele cita, por exemplo: uma lavoura de arroz com irrigação superficial de 100 hectares que obteve uma licença via Resolução 036/2003 ao custo de R$ 215,00, vai obter uma licença pela vala comum ao custo de R$ 1.539,00. Também é importante frisar que essa licença somente atinge a lavoura irrigada, isto é, não dá direitos a construção de barragens e novos canais, mas também não limita apenas a área de lavoura desta safra e sim a área de lavoura dentro da propriedade indicada.

 

Mapa real

Um completo perfil socioeconômico sobre a complexa cadeia produtiva do arroz do Rio Grande do Sul está sendo elaborado em uma parceria formada pelo Irga e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O Projeto Economia do Arroz integra o Programa Arroz RS do Irga. O estabelecimento de políticas de base nutricional, campanhas para aumento de consumo e utilização dos subprodutos do arroz também serão fatores estudados. O convênio terá duração de três anos.

 

Argentina

O embaixador argentino em Cuba, Raúl Taleb, estima que o comércio bilateral entre Argentina e a ilha caribenha se duplicará este ano em comparação com 2003. A expectativa é grande para o ingresso de arroz e carne argentinos em Cuba. Durante a assinatura de um convênio de cooperação entre a província castelhana de Entre Rios e o Ministério para a Inversão e Colaboração Econômica cubano, o embaixador avaliou que o intercâmbio chegará em 2004 a 80 milhões de dólares, contra os 40 milhões do ano passado.

 

Roraima

 O arroz irrigado produzido em Roraima está alimentando hoje uma população de aproximadamente dois milhões de pessoas, no Amazonas, Pará e Amapá, além do próprio estado de Roraima. Na safra 2002/ 2003, numa área de 15 mil hectares, a produção foi de 84 mil toneladas. A produtividade média alcançou 5,6 toneladas por hectare. Para a safra 2003/2004, a previsão é de uma área plantada de 25 mil hectares, com uma produção de 145 mil toneladas. A produtividade esperada é de 6,3 toneladas por hectare. A informação é do produtor Dirceu Spies, primeiro-secretário da Associação dos Arrozeiros de Roraima.

A produção de arroz irrigado em Roraima, que se concentra nos municípios de Boa Vista, Cantá, Bonfim, Normandia, Pacaraíma e Uiramutã, dá emprego direto para mil pessoas e indiretos para seis mil pessoas. No coração de todo esse sucesso está o trabalho de 20 anos de pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que já recomendou várias cultivares, com destaque para a BRS Taim e a BR Irga 409, com tolerância à toxidez por ferro. Hoje, o estado tem 25 grandes e médios produtores de arroz. A maioria veio do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Goiás.

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