China expande seu alcance no mercado de grãos médios

 China expande seu alcance no mercado de grãos médios

EUA perdeu espaço com a forte competitividade do grão chinês

Desde 2017, as exportações da China aumentaram acentuadamente com as vendas de seu abundante estoque de baixa qualidade.

Nos últimos três anos, a China conquistou o mercado global de arroz de grãos médios e curtos com a expansão das exportações a preços baixos. Historicamente, os Estados Unidos têm sido o maior exportador de grãos médios e curtos, com a União Europeia, Austrália e China fornecendo participações menores do mercado. A maior parte do arroz comercializado internacionalmente é de grãos longos, mas os mercados ao redor da região mediterrânea e do Leste Asiático tendem a importar relativamente mais grãos médios e curtos.

No entanto, desde 2017, as exportações da China aumentaram acentuadamente com as vendas de seu abundante estoque de baixa qualidade. Os preços de exportação de grãos médios da China caíram pela metade entre 2016 e 2017 e continuam a tendência de queda em 2020. As exportações chinesas permanecem altas em grande parte por causa desta condição de baixos valores praticados em comparação aos outros fornecedores.

Durante a maior parte da última década, a China exportou principalmente para os mercados do Leste Asiático: Coreia do Norte, Coreia do Sul e Japão. Desde que emergiu como o maior exportador mundial de grãos médios e curtos, no entanto, as exportações da China atingiram mercados muito diferentes, estendendo seu alcance geográfico consideravelmente. Os maiores compradores de arroz da China em 2020 são Egito, Coréia do Sul, Serra Leoa e Papua Nova Guiné. Enquanto a Coreia do Sul representa um dos principais destinos, os outros representam novas regiões onde a China está aumentando sua participação.

Os embarques chineses estão alcançando novos compradores no Mediterrâneo, como o Egito. Depois que o governo egípcio limitou a área de plantio de arroz em 2018, por causa de uma forte seca, a safra caiu em mais de um terço e ele se voltou para o mercado global para compensar a queda. Assim, a China se expandiu para a região com os egípcios se tornando a principal referência regional entre os adquirintes.

Para atender à demanda doméstica, o Egito importou quase 450.000 toneladas de arroz de grãos médios e curtos da China em 2019 e mais de 250.000 toneladas até agora este ano. Outros mercados onde o gigante asiático se expandiu no Mediterrâneo incluem Turquia, Líbia e Líbano.

Surpreendentemente, em 2017, a China começou a exportar grãos médios de baixo preço para vários mercados da África Subsaariana, que tradicionalmente não eram importantes. As exportações são enviadas para uma variedade países, com Serra Leoa sendo o maior este ano. Os mercados africanos respondem por quase um terço das exportações de grãos médios da China.

A relativa ausência da Austrália no mercado permitiu aos chineses abastecerem a Oceania, incluindo Papua-Nova Guiné. Em anos anteriores, Papua Nova Guiné importava dos Estados Unidos quando a Austrália experimentou quedas de produção, mas recentemente ela se voltou para a China com base no preço baixo e proximidade.

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