Chope preto

 Chope preto

I – Pesquisadores da Escola de Engenharia de Lorena (EEL), da USP, lançaram um novo tipo de chope, feito com arroz preto produzido em Pindamonhangaba (SP). A matéria-prima da bebida, originária da China, é uma variedade exótica de arroz pouco conhecida no Brasil, mas com alto potencial de mercado, desenvolvida no IAC. O chope de arroz preto foi produzido pelo professor da EEL João Batista de Almeida e Silva e o aluno de mestrado Cláudio Marcelo Andrade. A bebida utiliza 35% de arroz, em substituição ao malte e à cevada. Com o novo ingrediente o chope fica mais brilhante e possui uma coloração acastanhada, um pouco mais clara que a da cerveja tipo bock.

II – O teor alcoólico do chope de arroz preto é de 5,15% por volume de álcool, enquanto na cerveja puro malte, tradicional, varia entre 3,5% e 5,5% e na bock é de 7%. O arroz preto tem mais proteínas e fibras que o tradicional, 10 vezes mais compostos fenólicos e mais maciez. O chope criado na EEL é o primeiro a utilizar esta matéria-prima no mundo, embora o arroz preto já tenha sido empregado na China para obtenção de vinho e vinagre. O arroz preto, variedade IAC 600, faz parte de uma linha especial de arroz, própria para gastronomia diferenciada, pesquisada e desenvolvida no Pólo Regional da Apta, sob a coordenação do pesquisador Cândido Ricardo Bastos. A pesquisa para desenvolver o grão em Pindamo-nhangaba durou mais de 12 anos.

 

Brasil social

I – A primeira remessa de alimentos destinados pela Conab para ajuda huma-nitária a países do Caribe partiu no dia 18 de no-vembro do Porto de Rio Grande (RS). Foram enviadas 600 toneladas de arroz beneficiado dos estoques regulares do Governo e 900 toneladas de leite em pó do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) da Agricultura Familiar. Ao todo serão entregues 47 mil toneladas de produtos aos governos de Cuba, Haiti, Honduras e Jamaica para atender populações atingidas por fenômenos climáticos e que vivem em situação de insegurança alimentar. A iniciativa atende à Medida Provisória número 444/08, que determina a doação aos governos de Cuba, Haiti e Jamaica nesta etapa e em seguida de Honduras.

II – O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, pediu um navio de grande porte ao líder do Governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, para transportar ajuda humanitária aos países do Caribe afetados por furacões. Lula quer enviar 45 mil toneladas de arroz, sendo 15 mil delas a Cuba e o resto para Haiti, Jamaica, Honduras e outros países. Essa ajuda se somará às 1.500 toneladas que o Brasil já enviou à região após os furacões que destruíram vários países em agosto e setembro.

 

Esfriamento global

Uma variedade de arroz geneticamente modificado poderá ser uma nova arma da agricultura chinesa contra o aquecimento global. Cientistas chineses desenvolveram uma variedade de arroz transgênico que demanda menor adubação nitrogenada e deverá gerar créditos de carbono aos produtores. Um trabalho está sendo desenvolvido pelo Governo da China e uma empresa que comercializa créditos de carbono no mercado internacional. O objetivo é “neutralizar” as emissões de gás carbônico, entre outros, na atmosfera por meio da lavoura de arroz chinesa, a maior do mundo. O potencial é de 750 milhões de libras esterlinas.

 

Custo real

O cálculo do custo de produção do arroz irrigado no Rio Grande do Sul passa por reformulação. O presidente do Irga, Maurício Fischer, explicou que é buscada uma adequação à nova realidade para o método espelhar a realidade da lavoura gaúcha. Os cálculos serão elaborados com o apoio de técnicos da PUC-RS e terão como referência as condições atuais de plantio, como cultivo mínimo, nível de adubação maior e sistema de irrigação. Antes da crise cambial os fertilizantes representavam 10% do total da produção. Com a elevação chegaram a 15%. Em maio o custo elaborado pelo Irga estava em R$ 32,00 por saca. A Conab sinalizou R$ 36,50 antes da crise.

 

Peso & tamanho

I – Um grupo científico da Universidade Estatal da Pensilvânia identificou um gene do arroz que controla o tamanho e o peso do grão e que poderia ser muito útil na geração de variedades de arroz com maiores rendimentos. Os pesquisadores explicam que o gene gif 1 é responsável pelo controle da atividade da enzima chamada invertasa, que está localizada na parede celular e converte a sacarose em moléculas que prontamente a célula utiliza para fazer amido.

II – A invertasa é muito importante na formação do amido durante o desenvolvimento do grão de arroz. Se a invertasa é inativada a planta de arroz não pode produzir grãos comestíveis. Com essa descoberta eles provaram que poderiam gerar linhagens de arroz geneticamente modificado que produziriam grandes quantidades do produto do gene gif 1 e que estas plantas, em comparação com as não-transgênicas, teriam grãos maiores e mais pesados.

 

Brasil x Sri Lanka

O Brasil ofereceu ajuda para incrementar a produção de arroz no Sri Lanka. Uma missão técnica do Mapa visitará o país para avaliar a possibilidade de colaboração. “O Brasil tem larga experiência na produção de arroz irrigado, que chega a 80% no país”, disse o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, em reunião com os ministros dos Negócios Estrangeiros, Rohitha Bogollagama, e do Desenvolvimento Habitacional, Geethanjana Guna-waerd, do Sri Lanka. Segundo Bogollagama, a agricultura é uma parte importante da economia do Sri Lanka, da qual depende 70% da população, principalmente do cultivo de arroz, mas falta tecnologia para aumentar a produção e garantir estoques em momentos de crise.

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