Chuva dos últimos dias traz alívio para produtores de arroz da região de Canoas (RS)
Agricultores de Canoas e Nova Santa Rita aguardam boa colheita para próximos meses.
Os produtores de arroz de Canoas e Nova Santa Rita receberam com alegria a chuva que caiu durante todo o sábado e noite de sexta-feira. A água fez com que os agricultores não precisassem retirar o líquido do Rio dos Sinos, tão castigado com a falta de chuva das últimas semanas.
Segundo os plantadores, os meses de janeiro e fevereiro são cruciais para o crescimento do grão, que começará a ser colhido entre março, abril e maio. A expectativa dos arrozeiros é que as chuvas de verão continuem para que a produção de 2009 seja satisfatória.
Apesar da preocupação com o nível do Rio dos Sinos, que abastece 1,5 milhão de pessoas, a irrigação nas lavouras de Canoas e Nova Santa Rita não precisou ser paralisada, como ocorreu em São Leopoldo na última semana de dezembro de 2008. Não tínhamos certeza de até quando poderíamos irrigar com as águas do rio e a chuva amenizou bastante a situação. Para se ter uma idéia, na sexta-feira a lavoura estava toda amarelada. Hoje (no sábado), ela amanheceu verdinha, disse o produtor Gilnei Inácio Schaedler, 29 anos, que tem uma área de 60 hectares no bairro Mato Grande, em Canoas.
O arrozeiro João Batista Fraga, 75 anos, de Nova Santa Rita, está com boas expectativas para a safra deste ano. A última chuva melhorou bastante a situação, porque quando o rio (dos Sinos) baixa, nos prejudica. Se o tempo continuar assim, vai ser bom, afirma. Fraga prevê a produção de 130 sacos de arroz nas suas 200 quadras de lavoura.
PREÇO – Ainda não há informações sobre o preço de venda do quilo de arroz. Isso dependerá dos resultados da colheita. No ano passado, o quilo do grão foi vendido a R$ 1,64, e a R$ 1,43 em 2007. No início de 2009, o produto está sendo comercializado nos supermercados a R$ 1,58 aproximadamente.
A alegria dos produtores, no entanto, pode ser prejudicada pela previsão de estiagem feita pelos meteorologistas e que deverá se estender por quase 50 dias no Rio Grande do Sul. A situação é muito grave, pois não há previsão de chuvas satisfatórias no período, afirma o assistente técnico da Emater Cláudio Doro. Segundo ele, os registros são apenas de chuvas esparsas e muito localizadas, típicas precipitações de verão.