Chuva e baixa luminosidade podem comprometer próxima safra do arroz

Influência do El Niño, o excesso de chuva preocupa os produtores de arroz que já fazem projeções de uma safra menor em relação ao inicialmente estimado. O presidente da Cooperativa Juriti, Orlando Giovanella (foto), diz que o fato é preocupante, mas que ainda não dá para dimensionar o impacto da queda de produção na safra.

Os maiores prejudicados são os produtores que plantaram arroz cedo. A baixa luminosidade durante semanas, aliado às chuvas em excesso, prejudicaram a formação de grãos. Muitos terão de plantar novamente para tentar salvar a safra, acumulando prejuízos.

Para isso, a Cooperativa foi a Minas Gerais em busca de sementes de ciclo curto para oferecer aos associados interessados. A baixa luminosidade na fase reprodutiva do arroz compromete a produtividade. A boa safra depende do clima favorável à cultura.

A preocupação maior, segundo Orlando, é que boa parte dos associados praticam a monocultura e tem na rizicultura a única fonte de renda. "Nos últimos anos a Cooperativa tem incentivado a diversificação de culturas justamente para enfrentar uma safra adversa", disse. O presidente acrescentou que os prejudicados já deveriam se precaver buscando o seguro agrícola para reduzir o impacto das perdas.

6 Comentários

  • Tragedia na lavoura de arroz. Entre o que nao foi plantado e o que a enchente levou teremos uma quebra de no minimo 30%. E profundamente lamentavel que com todo o custo que suportamos isso esteja acontecendo. Nem arroz, nem soja. A safra sera um fracasso total. Fomos alertados do El Nino. Muitos teimaram e mesmo assim plantaram as terras baixas. E a pa de cal. Final de ano de muita tristeza no setor.

  • Meio exagerado 30%, não acham???

  • Aqui em Camaquã, as lavouras plantadas na várzea do rio Camaquã, estão submersas a dias, não como negar que estão perdidas, são alguns milhares de ha. Grande prejuízo.

  • Seu Alexandre o Sr. ja viu como estao as varzeas do Rio Ibicui, Santa Maria, Toropi, Jaguari, Jacui, Uruguai, Ibirapuita, etc. Se nao viu sugiro que va visitar… Fora outros rios de menor porte como o Vacacai, Rio Pardo. 30% no minimo vai ser perdido… E o pior de tudo… Nao parou ainda de chover e as previsoes para janeiro nao sao boas… Alias ate abril. Repito vai ser um ano terrivel novamente…

  • Somente pela falta de luminosidade já devemos ter uma perda de 10% nas poucas lavouras plantadas no período ideal. Considerando que grande parte das lavouras foram plantadas fora de época, somadas as enchentes e enchorradas que destroem taipas e canais, controle de invasoras e adubações de cobertura comprometidos pelo clima desfavorável: 30% dá para considerar otimismo!

  • Feliz seja esse ano que se inicia, a todos os produtores e industriais da cadeia produtiva do arroz. Um ano difícil se passou e outro ano não menos difícil se avista. Verdadeiros guerreiros os que se mantém na atividade, seja plantando, seja produzindo, seja vendendo… Espero que tenhamos mais diálogo e previsões mais precisas nesse ano, pois a falta de qualquer deses itens não trará boas venturas ao setor.
    Temos um governo Argentino arrojado que retirou o imposto de exportação, sobre produção dentre outras medidas para atrair investimentos na país hermano. Seria essa desoneração uma porta de entrada do arroz argentino no Brasil? Ponto 1. O governador Geraldo Alckimin retirou o ICMS do arroz, será que o estado de São Paulo seria capaz de puxar alguma cotação pra baixo? ponto 2.
    Além das perdas devido as enchentes, existe o aumento do custo de produção, com dólar alto insumos sobem de preço, com aumento da energia os custos de bombeamento aumentam… Diesel mais caro… Enfim… Um cenário que se avista de alta no preço em plena safra, não? Ou essas desonerações da Argentina e São Paulo podem contaminar as cotações?

    Feliz ano de 2016 a todos!!

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