Chuvas alagam plantações de arroz e causam prejuízos no Norte do Piauí

 Chuvas alagam plantações de arroz e causam prejuízos no Norte do Piauí

(Por TV Clube)  Não são apenas a seca no Mato Grosso e as enchentes no Sul que têm causado danos às lavouras de arroz. As constantes chuvas provocaram prejuízos também para os produtores de arroz no Norte do Piauí. Mesmo com experiência na plantação, a chegada do período chuvoso, antes do momento esperando, pegou alguns agricultores de surpresa.

O agricultor José Lima Cardoso cultiva o grão na cidade de Caxingó (PI). Ele colheu apenas metade da produção que esperava, no final do ano de 2023. José também trabalha como pescador para complementar a renda.

“Era para ser de colheita boa, que o arroz estava bom de preço, mas, infelizmente, a ‘chuva’ veio mais cedo, e cobriu de água a parte que tinha o arroz. Não deu certo a gente colher todo; só tenho a lamentar. Não foi por culpa da gente; é coisa da natureza”, disse em entrevista José Lima ao Clube Rural, exibido neste domingo (21).

Esta não é a primeira vez que os produtores rurais perderam as lavouras devido à antecipação das chuvas. A cheia da Lagoa da Onça, por exemplo, já chegou a alagar 100% das lavouras ao redor dela.

Em janeiro de 2024, a área ainda alagada das lavouras representa 40% dos 25 hectares dos produtores. Até a publicação desta matéria, eram 42 associados no perímetro. Na última safra, eles colheram 200 toneladas de arroz.

Para Francisco das Chagas Barroso, presidente da associação dos produtores locais, além do prejuízo financeiro, o desafio para quem investe no arroz é lidar com as dificuldades causadas pela ausência de tecnologias e de mão-de-obra qualificada.

“Nesta lagoa (da Onça), a gente bota uma bomba para secar. Tem uma carência, a bomba é antiga. Leva um mês para secar, era para levar menos. Isso atrasa o plantio. Quando a chuva vem cedo, muita chuva, enche a lagoa e termina no prejuízo. Teve ano que a gente perdeu 100%”.

O agricultor Janiel Lira tenta sempre colher todo o produto antes das chuvas se intensificarem na região. “A gente sempre teve este planejamento. Quando dá os meses de novembro e dezembro, já tem o período chuvoso, que dificulta tanto na colheita como no preparo do arroz”.

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