Chuvas tiveram bom volume no RS em setembro, diz a Conab

Nas regiões Sul e Campanha, onde predomina a cultura do arroz, as chuvas favoreceram o enchimento das barragens de irrigação.

De acordo com a avaliação da Companhia Nacional de Abastecimento, que divulgou hoje o primeiro levantamento para a safra de grãos 2010/11, o mês de setembro teve um bom volume de chuvas no Rio Grande do Sul. No entanto, elas foram irregulares no volume e na distribuição.

A maior concentração ocorreu no Noroeste do Estado, onde as precipitações favoreceram o período reprodutivo das culturas de inverno e chegaram a atrasar a implantação de algumas lavouras de milho e feijão. Nas regiões Sul e Campanha, onde predomina a cultura do arroz, as chuvas favoreceram o enchimento das barragens de irrigação.

Outra região que também apresentou bom volume de chuvas, foi a do sudeste do Mato Grosso do Sul, o que pode ter atrapalhado a finalização da colheita do milho 2a safra. Na região Noroeste do Paraná e no Sudoeste de São Paulo, as chuvas também ocorreram acima da média e melhoraram a umidade disponível no solo. Entretanto, na principal região produtora do Paraná, as precipitações abaixo da média atrasaram o plantio do feijão das águas e do milho 1a safra.

Já no Centro-Norte do Mato Grosso, a falta de chuvas está atrasando a implantação da soja precoce e, conseqüentemente, poderá prejudicar a implantação do milho safrinha e do algodão, plantados após o cultivo da leguminosa.

O prognóstico para os próximos três meses indica uma maior probabilidade das precipitações ocorrerem abaixo da média em boa parte da região Centro-Sul.

Os maiores desvios negativos deverão ocorrer nos três Estados do Sul e, dependendo da distribuição das chuvas, poderão prejudicar, principalmente, os cultivos de verão, com exceção do arroz irrigado. No Rio Grande do Sul poderá haver ainda impactos negativos às culturas de inverno, que hoje se encontram em estágio menos avançado de desenvolvimento.

As demais regiões produtoras do Centro-Sul, com previsões de precipitações abaixo da média, também deverão ser prejudicadas. No entanto, como historicamente chove mais nessas regiões, os impactos para as culturas poderão ser menores, o que dependerá das condições do plantio e da distribuição das chuvas ao longo do ciclo das lavouras.

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