Cientistas alertam para escassez de arroz à medida que crescem as preocupações com alimentos
(Planeta Arroz*) Crescem as preocupações sobre a capacidade do Sudeste Asiático de manter seu título de maior fornecedor de arroz do mundo, já que países como Indonésia e Filipinas lutam para produzir o suficiente para atender às suas próprias necessidades.
As tendências atuais de rendimento não permitirão que os dois países sejam autossuficientes em arroz, de acordo com um estudo publicado na revista Nature Food em março. Isso significa que eles terão que depender das importações para atender à demanda doméstica por um alimento básico crucial para a segurança alimentar, estabilidade política e potencial de exportação.
“O novo milênio trouxe uma série de desafios para os sistemas de arroz no Sudeste Asiático”, disseram os pesquisadores, citando a crescente demanda pelo grão, rendimentos estagnados e espaço limitado para expansão de terras agrícolas. “A preocupação com a escassez de arroz voltou.”
As descobertas chegam em um momento em que os temores com a segurança alimentar estão aumentando em todo o mundo, já que a invasão russa da Ucrânia coloca em risco um dos principais celeiros globais, elevando ainda mais os preços dos alimentos que já aumentaram. Ainda assim, os preços do arroz permaneceram relativamente moderados devido à ampla produção e estoques nas principais regiões de cultivo, o que impediu o agravamento da crise alimentar.
As perspectivas de autossuficiência em arroz variam de país para país. A Tailândia e o Vietnã produzem mais do que consomem, enquanto a Indonésia e as Filipinas “lutam constantemente” para atender à demanda de suas populações e contam com importações, disseram os pesquisadores.
É particularmente crucial para regiões como a África Subsaariana e o Oriente Médio que o Sudeste Asiático continue a produzir um grande excedente de arroz, acrescentaram os pesquisadores, pois pode ajudar a reduzir a volatilidade global dos preços e fornecer suprimentos estáveis e acessíveis. (*AgroDados/Bloomberg)
1 Comentário
Vejam srs. industriais e varejistas, os avisos estão aí, escritos, falados e desenhados.
Ouçam o clamor dos produtores, não há como produzir e vender pelos preços praticados atualmente com estes custos estratosféricos fora de controle.
Acreditem que realmente vai faltar este nobre cereal, a redução de área é muito grande, perdendo espaço para soja na várzea com o desenvolvimento da irrigação. Isto sem falar no preço altamente compensador.
Se preparem para importar arroz de péssima qualidade, caro, escasso no mercado internacional e com fretes caríssimos.