Classificação do Cirad 141 pode ser mantida excepcionalmente

Durante uma reunião realizada com autoridades do segmento agrícola, em Brasília, representante da classe expôs algumas medidas cabíveis que podem reestruturar o eixo da orizicultura.

Uma reunião ocorrida na semana passada em Brasília abriu a possibilidade do arroz Cirad 141 seguir sendo classificado como longo-fino, apesar de parte do material não estar alcançando esta classificação na lavoura.

O encontro aconteceu no dia 27 de abril, reunindo o presidente da APA/MT, Angelo Maronezzi, o presidente da Conab Jacinto Ferreira, o senador Jonas Pinheiro, Paulo Bilego, superintendente do ministério da agricultura do MT, Homero Pereira, técnicos e representantes políticos. Em pauta estavam questões cruciais do agronegócios no Estado, em específico para a cultura do arroz.

Angelo Maronezzi levantou um dos problemas que vem assustando os produtores. A alteração da classe do Cirad 141, que deixaria de ser considerado como longo fino, comprometeria o preço do produto, desvalorizando em tal proporção que o preço de venda do produto significa a metade do custo de produção, explica Maronezzi.

– Uma ação como essa pode ser o último prego do caixão do rizicultor. Enfrentamos um momento extremamente difícil, onde o produto já teve uma queda de preço considerável. Se a classificação do Cirad 141 mudar neste ano, a maioria dos produtores vai capengar, já que essa é a variedade mais plantada no Estado, argumenta.

Maronezzi procura um intermédio entre critérios técnicos e o bolso do produtor:

– Não estamos discutindo esses critérios. Estamos apenas pedindo uma consideração para com o produtor de que essa mudança fique para a próxima safra, completa.

Além da manutenção da classe do Cirad 141, também foi discutida a ação do governo federal de adquirir 500 mil toneladas de arroz no Estado de Mato Grosso e a liberação de recursos para estocagem através de EGF, CPR, contrato de opção ou PEP, o que estabeleceria um preço praticável e um equilíbrio entre a oferta e a procura pelo cereal.

Cientes da postura do setor, através das reivindicações, o presidente da Conab,Jacinto Ferreira, encaminhou para a defesa vegetal do Ministério da Agricultura um documento com base no decreto 3.664/2000 lei 9.972/2000 em caráter de excepcionalidade, que solicita a manutenção do Cirad 141 na classificação “longo fino”, pelo menos para a comercialização da safra 04/05. Na mesma reunião também menciona-se a provável criação de novas classes entre longo e longo fino.

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