Clima favorece conclusão do plantio do arroz e do feijão

Entre as culturas em desenvolvimento, o arroz é a que se encontra em melhor situação.

Apesar do atual quadro de estiagem, as culturas do arroz e do feijão estão com o plantio tecnicamente concluído.

As altas temperaturas e as poucas e esparsas chuvas observadas neste segundo período de dezembro ameaçam o desenvolvimento das demais culturas de verão.

De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, a região mais afetada no atual quadro de estiagem localiza-se no quadrante oeste-noroeste, onde, em alguns municípios, não chove forte há mais de 30 dias.

No momento, as culturas mais vulneráveis frente ao quadro de deficiência hídrica são o feijão e o milho, pelo elevado percentual de lavouras em floração e formação de grãos. Ainda nessa região, pastagens e olerícolas cultivadas a céu aberto e com sistema de irrigação deficiente também começam a ter sua produção afetada.

Entre as culturas em desenvolvimento, o arroz é a que se encontra em melhor situação. Isso se deve ao bom volume de água armazenado nas barragens e ao nível dos arroios e rios, ainda considerado dentro da normalidade nas principais regiões produtoras. As recentes chuvas foram benéficas para recuperar a umidade no solo e permitir a conclusão do plantio.

O plantio da 1ª safra de feijão no Estado também foi finalizado. A lavoura mantém sua evolução, com cerca de 9% da área colhida, apresentando boa qualidade e produtividade. Se o déficit hídrico se mantiver, as áreas que estão nas fases de maior necessidade hídrica para seu bom desenvolvimento (cerca de 27% em floração e 31% em enchimento de grãos) poderão ter sua produtividade e produção final afetadas.

Além do feijão, o milho se encontra em vulnerabilidade face à estiagem que ocorre em parte do território gaúcho. Nas regiões mais afetadas, as lavouras em floração e formação das espigas indicam tendência de diminuição da produtividade média esperada, na ordem 10% a 20% nas regiões Norte e Noroeste. Nas demais, a tendência ainda é de manutenção das previsões iniciais.

Para a soja, as recentes chuvas serviram para amenizar a falta de umidade no solo e propiciar o avanço do plantio, que hoje atinge 78% das áreas previstas, considerado aquém da média histórica. Em regiões afetadas pela deficiência hídrica, como o Noroeste Colonial e Missões, alguns produtores temem não concluir a semeadura da soja em tempo hábil.

Talvez tenham que ultrapassar o período preferencial, que, para algumas regiões, vai até o próximo dia 20. O desenvolvimento das lavouras já semeadas é irregular, variando conforme a umidade no solo.

Deixe um comentário

Postagens relacionadas

Receba nossa newsletter