Código Florestal é desafio para agronegócio

Apesar disso, Stephanes, que vai se desincompatibilizar do cargo em abril para disputar uma vaga à Câmara Federal.

O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, admitiu nesta segunda-feira (25), durante reunião da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), em Curitiba (PR), que a discussão do Código Florestal, que, segundo ele, carece de maiores informações por parte do setor ambiental, é um dos maiores desafios da pasta. "Existem alguns itens que mostram desinformação ou preconceito, principalmente em relação ao agronegócio", disse.

Apesar disso, Stephanes, que vai se desincompatibilizar do cargo em abril para disputar uma vaga à Câmara Federal, disse que gostaria de ser mantido como ministro na próxima gestão. "Não podemos prever o que vai acontecer, mas se fosse convidado e me perguntassem se gostaria de assumir, eu diria que sim".

Durante o encontro com as lideranças rurais, Stephanes fez um balanço das atividades do Ministério e afirmou que o setor carece de lideranças ou ações que projetem uma agenda política, para uma maior discussão sobre o setor. "É preciso uma agenda política para o setor, pois isso ajudaria a esclarecer muitos aspectos da agricultura e seria importante para uma maior compreensão", afirmou.

Segundo o ministro, poucas pessoas conhecem a realidade do campo e atualmente a área de agronegócio tomou um sentido ruim, pelo desconhecimento. "Em nosso código está proibido o uso de várzeas para a plantação de arroz, mas é nesse sistema que o mundo inteiro e o Brasil cultivam o arroz, como impedir essas pessoas de produzirem, qual seria a alternativa para elas", questiona.

Sobre a edição do Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3), que prevê realizações de audiências públicas para julgar invasões de terra pelo MST, a entidade protestou e entregou ao ministro um manifesto condenando essas ações. "Temos a certeza de que isso é algo inconstitucional e demonstra a aplicação de uma doutrina ideológica", disse.

Caso Stephanes confirme sua saída, o atual secretário-executivo Gerardo Fontelles e o presidente a Conab, Francisco Rossi são os nomes mais cotados para assumirem a pasta.

Deixe um comentário

Postagens relacionadas

Receba nossa newsletter