Colheita gaúcha chega a 6% das lavouras, diz Emater/RS

 Colheita gaúcha chega a 6% das lavouras, diz Emater/RS

(Por Emater/RS) A colheita do arroz no Rio Grande do Sul está em fase inicial e registra atraso em relação aos últimos anos, o que foi causado pelas baixas temperaturas de primavera que estagnaram o desenvolvimento das plantas por períodos médios de 15 dias. Estima-se que 6% das lavouras foram colhidas até agora e que 37% encontram-se em fase de maturação, o que enseja o aumento das operações nos próximos dias. No entanto, 57% entraram em enchimento de grãos, em floração ou seguem desenvolvimento vegetativo, o que demanda cuidados e fornecimento de água para a irrigação.

A ocorrência de chuvas, entre 23 e 26 de fevereiro, contribuiu para complementar a irrigação nas regiões de maior precipitação e restabeleceu parte da água de alguns reservatórios e cursos hídricos. Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, mesmo com o registro de chuvas, a ceifa avançou quase sem contratempos nos municípios da Fronteira Oeste, atingindo 9% da área plantada em Rosário do Sul, 6% em Alegrete e em São Borja, 5% em Uruguaiana e 4% em Maçambará.

Os volumes das precipitações em geral foram baixos e pouco contribuíram para a reposição dos níveis destes reservatórios que estavam em situação crítica, com média de apenas 10% da capacidade de reserva, como era o caso do município de Uruguaiana, ou já completamente esgotados.

Na região de Pelotas, iniciou a colheita em Arroio Grande, Jaguarão, São Lourenço do Sul e Tavares, e cerca de 2% da área foi colhida. As lavouras maduras representam 37% da área cultivada, projetando um avanço significativo na operação nos próximos dias. As demais lavouras encontram-se entre as fases de enchimento de grãos e florescimento, denotando atenção à continuidade do fornecimento de água para a irrigação.

Há problemas de irrigação advinda da Lagoa dos Patos em função da salinidade. As lavouras que não apresentam escassez de água estão sendo beneficiadas pelo clima de excelente ensolação, predominantemente seco, de temperaturas diurnas e noturnas adequadas, resultando na adequada sanidade das plantas. Para essas lavouras, há expectativa de ótimos rendimentos, que devem ultrapassar 9.000 kg/ha.

Na regional da Emater/RS de Porto Alegre, a ocorrência de chuvas facilitou a condução e a distribuição da água para a irrigação. As temperaturas e a insolação foram adequadas, o que favoreceu o desenvolvimento das lavouras. Durante a semana, foi realizada a 2ª edição da Colheita do Arroz de Viamão, na localidade da Varzinha.

O município é um dos maiores produtores de arroz do Estado, com uma área de cultivo pouco superior a 20 mil hectares, agregando aproximadamente 180 milhões de reais ao PIB municipal.

Enquanto isso, na região da Emater/RS de Santa Maria, 25% das lavouras estão em maturação e 5% colhidas. Arrozeiros ainda têm dificuldades no abastecimento de água nas lavouras em fases anteriores de desenvolvimento, pois os mananciais se encontram com o nível muito baixo, amenizados apenas parcialmente pelas últimas chuvas.

Na Regional de Santa Rosa, as condições de irrigação da cultura melhoraram substancialmente após os volumes acumulados de chuva nas áreas onde se concentram as lavouras de arroz. Os produtores relatam que diminuiu a demanda de água de rios e barragens. Houve início de colheita em pequenas áreas, mas ainda sem representação estatística para avaliar a produtividade.

Na de Soledade, as lavouras semeadas no início do período recomendado estão predominantemente em fase de enchimento de grãos. Algumas lavouras em maturação apresentam ótimas expectativas de produtividade.

Em Candelária, iniciou a colheita; os grãos são de ótima qualidade. As lavouras de implantação mais tardia têm crescimento e desenvolvimento vegetativo normal. De maneira geral, as lavouras são favorecidas por boa radiação solar e temperaturas favoráveis.

Comercialização

Segundo o levantamento semanal de preços realizado pela Emater/RS-Ascar no Estado, a cotação média do arroz na semana foi de R$ 85,50/sc., representando uma elevação de +4,42% em relação à cotação da semana anterior de R$ 81,50.

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