Colheita gaúcha será maior do que o previsto

Irga projeta mais de 8,3 milhões de toneladas de grãos colhidos, 400 mil acima da previsão de fevereiro.

O andamento da colheita gaúcha de arroz chegou a 97% até a última quinta-feira no Rio Grande do Sul, com 1,034 mil hectares já colhidos. Faltam pouco mais de 42 mil hectares para serem finalizados e a produção já supera em 300 mil toneladas a expectativa divulgada em fevereiro pelo Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), e em março pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) de uma produção em torno de 7,89 milhões de toneladas.

A produtividade tem se mantido alta e até agora ficou na média de 7.936 quilos por hectare, conforme levantaram as equipes do instituto. Com isso, a expectativa é de que a colheita supere os 8,3 milhões de toneladas, número que volta ao patamar da expectativa no final do ano passado. O Instituto previa uma queda maior por causa do atraso de 50% da área cultivada e também pela semana de frio no Carnaval, que pegou parte das lavouras em floração. No entanto, a alta tecnologia empregada e as variedades muito responsivas ao clima favorável e aos insumos e manejo, foram responsáveis pelo melhor desempenho.

O resultado ainda pode sofrer ajustes, mas indica inicialmente que mesmo em dificuldades extremas, o arrozeiro gaúcho é muito profissional e busca as maiores produtividades e o melhor resultado em suas lavouras. A rotação com a soja tem sido apontada como uma das causas do melhor desempenho também. O uso de áreas “mais limpas” ajudou na produtividade, na medida em que reduziu a competitividade das invasoras. A colheita deve ser concluída em 10 dias se não chover muito esta semana. O frio, nesta fase final, já não impacta o grão de forma representativa.

Em termos de qualidade, a lavoura gaúcha está colhendo uma ótima safra, com bom percentual de grãos inteiros. Os técnicos reconhecem que esperavam mais arroz quebrado e falhado por causa do frio de fevereiro.

9 Comentários

  • É grande a preocupaçao do Irga em dizer que houve supersafra e que o rendimento de grãos foi bom… Repito… Não é o que se comenta no meio orizícola… Tanto é fato que a indústria está subindo os seus preços mesmo durante a safra… mas tomara que possamos exportar bastante… porque vender arroz a R$ 35 é uma vergonha!!! O tempo e o mercado vão mostrar se tem tanto arroz assim… Na fronteira-oeste o pessoal está arrepiando!!! Muita gente de familia tradicional parando e colocando suas lavouras a venda!!! O RS na contramão do país segundo dados do CAGED demitindo em massa no setor de agrícultura!!! Representantes da indústria podem chamar nossos relatos de “mimimi”… Que sigam com esse pensamento… Em breve vão chorar tb… A crise é para todos!!!

  • As ultimas lavouras levantaram a media, parabens aos tecnicos do IRGA que descobriram um novo manejo de plantar tarde e colher mais, essa safra se eu não abandonar a atividade e migrar pra soja e pecuaria em areas de risco o pouco que plantar de arroz vai ser em Dezembro.

  • Uruguaiana estava com 8600 de média com 98% da área colhida e com 98,5 % passo para 9630 por hct , quer dizer que em 0,5 % de arra colhida aumentou
    1000 kg por hct a média dos outros 98% , um absurdo que só nos resta contestar e saber quando as indústrias compraram o IRGA para manipular os dados da colheita , temos que pedir pro Irga se retratar do estrago que está fazendo no mercado

  • A mensagem que a matéria nos trás retrata exatamente o que se vem observando no meio arrozeiro – mesmo com as grandes dificuldades climáticas ocorridas do inicio ao final da safra de arroz 2017/2018, chegamos com nossas previsões sendo derrubadas pela qualidade do trabalho do nosso orizicultor gaúcho, que demonstra, mais uma vez, sua capacidade de resiliência nas adversidades. É claro, que temos muitos produtores ainda peleando para alcançar autonomia no manejo da sua lavoura, e são esses que puxam para baixo e que vão deixando a atividade de tempos em tempos. O IRGA é uma instituição que preza pelo PRODUTOR e é ele que tem que saber usar dos técnicos em atividades no instituto para buscar melhorar seu manejo e por consequência alavancar sua produtividade. O IRGA oferece pesquisa e extensão rural aos produtores, que precisam saber usar e buscar a assistência técnica disponível.
    Abraço a todos e que saibamos agradecer ao IRGA todo trabalho oferecido.

  • O Irga tinha era que se preocupar mais em utilizar todos os recursos da CDO e desenvolver tecnologia. Deixar o mercado para o mercado. Falo isso porque a variedade 424 a industria nao quer e quando recebe paga 7 reais a menos… um absurdo… comenta-se no meio orizicola que o 431 é um arroz que produz, mas que é debulhador… O 409 e 417 o vermelho toma conta… Não adianta produtividade se não tem renda… O que o Irga está fazendo para mudar esse qudro??? Deixem o comércio para o mercado… Se preocupem com a pesquisa!!!

  • O IRGA há muito tempo deixou de ser um aliado do produtor , primeiro fizeram um projeto de aumento de produtividade para acima do consumo interno e não desenvolveram a parte comercial ou seja não tinham a mínima noção dos efeitos nocivos que teria esse aumento de produtividade nos preços do produto.
    É para completar foram no Paraguai levar a tecnologia e a nossa semente para que eles exportem 1 milhão de toneladas de arroz para cá bem abaixo do nosso custo , com certeza esse Manuel Afonso ou é da indústria ou é do IRGA pois ele nem se deu o trabalho de ver o Relatório do Irga que manipulou os dados na última semana para transparecer que a quebra na safra foi menor.

  • A muito tempo o IRGA vem jogando contra o produtor, não é de agora. A entidade está careca de saber que o mercado é movido a boatos e poucas verdades, e ano após ano com pequisas ‘capengas’ em se falando de produtividade anuncia a toda nova safra, recorde de produtividade. Todos sabem que isto não acontece na prática!!!
    Está mais do que na hora do Irga ficar no seu ‘quadrado’ e não falar em super produção em todas as safras!!!!

  • BARBARIDADE!
    Barbaridade, isso é bom que mete medo,
    O que mete medo é bom, isso é bom barbaridade!
    A lavoura que eu tinha foi o IRGA que mediu,
    Viu os sacos de colheita, anotou tudo que viu,
    ‘Os últimos serão os primeiros’, disse ele e partiu,
    Antes de ir ele deixou um recado bem ligeiro,
    Lavoura para dar bem, isso é fato corriqueiro,
    Chame o IRGA para contar e plante em fins de janeiro
    Contei para os meus vizinhos e foi só vaia e assobio,
    ‘Vai colher arroz assim, lá na PQP’!!!
    Barbaridade, isso é bom que mete medo,
    O que mete medo é bom, isso é bom barbaridade!!!

  • Bom dia a todos! Desculpe os senhores Kleiton Machado e Diego Silva, que se dizem de Pelotas e eu e também algumas outras pessoas não os conhecem, porém se voces conhecem os produtores da nossa região acredito que a grande maioria pode dizer-lhes se me conhecem ou não. Apenas registro que as informações que o IRGA fornece ao público, em geral, é informação dos próprios produtores, e se os dados são manipulados, bem aí eu não sei lhes responder. O que sei é que são informações coletadas em contatos diretos, que nesta fase final de colheita são contactados quase que a totalidade das unidades produtivas de arroz e que fica fora da coleta apenas quem não quer fornecer dados, e esses posso garantir, também, são muito poucos. Apenas para encerrar e não me manifesto mais, tenho quase 40 anos de atividades de ATER e não sei o tempo que os senhores estão atuando na cadeia do arroz, mas posso falar de cadeira o que vejo no IRGA e o que vejo no mercado e encerro lhes perguntando: quem pode estar manipulando os preços o IRGA, o produtor ou a industria??? E respondo: O IRGA, como já disse, prima pelo produtor produzindo e cria as condições para isso – qualquer técnico sabe se uma cultivar que é produtiva ela não é de qualidade premiun de grão, mas tb não é tão inferior assim. O PRODUTOR, não aguenta mais produzir e ver seu produto, que não é de tão inferior qualidade assim ser taxado para baixo. A INDUSTRIA, por sua vez, deveria pagar pelo arroz premiun os R$ que pagam a menos pelo arroz produtivo, ou seja, não valorizam o melhor produto e sim o penalizam pagam o preço normal, inferiorrizando os demais. Então, quem manipula preços, mesmo??? Para finalizar, o IRGA tem um Conselho Deliberativo que é formado por produtores e tudo no IRGA, passa por esse Conselho, então manifestações públicas como está, deveriam, também, passar por esses conselheiros que poderiam lhes dar todas as explicações plausíveis da cadeia do arroz. Abraços

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