Com alta de alimentos, vendas dos supermercados crescem 13,95% em maio

Supermercados têm salto de 13,8% em vendas de março, diz Abras. Preços de produtos com trigo devem cair 10%, diz associação de supermercados. Brasileiros devem reduzir consumo de ‘supérfluos’.

As vendas reais dos supermercados brasileiras registraram alta de 13,95% em maio, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (26) pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Em relação ao mês anterior, houve alta real de 7,79%.

No acumulado de janeiro a maio, o resultado alcança 8,87% – o melhor desempenho nos últimos cinco anos, segundo a entidade. Esses índices já foram deflacionados pelo IPCA do IBGE.

Em valores nominais, o Índice de Vendas da Abras apresenta crescimento de 20,31%, em relação ao mesmo mês do ano anterior, e alta de 8,64%, em relação a abril de 2007. O acumulado nominal dos cinco primeiros meses do ano alcançou 14,22%.

Segundo o superintendente da Abras, Tiarajú Pires, o resultado foi fortemente impactado pela alta das commodities, principalmente os alimentos. De acordo com Pires, após um período de crescimento nas vendas de produtos de maior valor agregado, fruto do aumento da renda do brasileiro, a alta nos alimentos certamente vai influenciar na decisão de compra.

– Quando os produtos de primeira necessidade, como, por exemplo, arroz e aqueles que têm o trigo como matéria-prima, aumentam de preço, é natural que haja uma diminuição na venda de outros produtos considerados supérfluos – afirma o superintendente.

Cesta de produtos

Em uma cesta de 35 itens de alto consumo, a alta nominal foi de 3,52% em maio, em relação ao mês anterior. Em valor real, deflacionado pelo IPCA do IBGE, o índice apresentou alta de 2,73%, também em comparação com abril.

Já na comparação com o maio de 2007, a cesta apresentou alta nominal de 21,06%, passando de R$ 203,76 para R$ 246,67. Em valores reais, o aumento foi de 14,66% no mesmo período.

Os produtos com as maiores altas foram o arroz, com alta de 24,65%; batata, com 22,47%; e tomate, com 14,55%. Já os produtos com as maiores quedas foram o feijão, com -7,52%; cebola, com -5,51%; e biscoito maisena, com -1,44%.

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