Com clima seco, produtor gaúcho compensa atraso no plantio

O desenvolvimento inicial da lavoura tem sido lento, por causa das baixas temperaturas registradas até agora principalmente pela manhã, observou a Emater.

O clima seco nas últimas duas semanas permitiu ao produtor de arroz compensar o atraso que havia no plantio da lavoura no Rio Grande do Sul. Já foram implantados 506 mil hectares, o equivalente a 45,7% do total da área prevista, segundo levantamento do Instituto Riograndense do Arroz (Irga), colocando a safra atual no mesmo ritmo da anterior.

O desenvolvimento inicial da lavoura tem sido lento, por causa das baixas temperaturas registradas até agora principalmente pela manhã, observou a Emater. Nos próximos dias, a meteorologia prevê uma onda de calor no Estado.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) espera o plantio de até 2,9 milhões de hectares no País na safra 2009/2010, área estável em relação à anterior. Deste total, 1,3 milhão de hectares devem ser implantados na Região Sul. O órgão estima a produção de até 12,2 milhões de toneladas, 2,9% abaixo do resultado da safra passada, e o Rio Grande do Sul deve participar com 61% da colheita nacional.

O preço médio pago ao produtor teve queda de 2,2% esta semana no Rio Grande do Sul, para R$ 27,02 por saca, conforme pesquisa da Emater. A cotação é 22% inferior à praticada nesta época do ano passado.

Entre março e setembro, as exportações somaram 622 mil toneladas, enquanto as importações ficaram em 598 mil toneladas. O câmbio deve facilitar a entrada de arroz, especialmente de Uruguai e Argentina. Apenas em setembro, o Brasil exportou 62 mil toneladas e importou 76 mil toneladas, aponta a analista de mercado da Conab Regina Célia Gonçalves Santos. A paridade de importação está em R$ 29,00 por saca.

Mato Grosso

Principal produtor do Centro-Oeste, com uma área estimada pela Conab entre 282 e 286 mil hectares na safra 2009/2010, o Mato Grosso deve lançar em novembro um programa de desenvolvimento de tecnologia para a cadeia produtiva.

Previsto para durar três anos, o programa pesquisará variedades e manejo de pragas com o objetivo de aumentar a qualidade e produtividade do Estado, explica sua coordenadora, Maria Luiza Pederez Villar, pesquisadora da Empaer (Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural).

Além da Empaer, participam do programa a Fundação de Amparo à Pesquisa, Embrapa Arroz e Feijão e a Universidade Federal de Mato Grosso. O plantio de arroz de sequeiro em Mato Grosso é feito até o final de dezembro e a colheita acontece entre março e abril.

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