Comercialização: pedidos mais recursos para manter intervenção

O valor tem como base o orçamento da Agricultura, de R$ 5,2 bilhões para 2009. Desse total, a pasta já comprometeu R$ 2,9 bilhões em políticas de apoio à comercialização e teria de levantar por conta própria R$ 2,3 bilhões para aquisição de produtos agrícolas.

O Ministério da Agricultura pediu ao Ministério da Fazenda um aporte de R$ 2 bilhões para dar continuidade ao seu programa de sustentação de preços agrícolas, que está ameaçado de paralisação por falta de recursos. O valor tem como base o orçamento da Agricultura, de R$ 5,2 bilhões para 2009. Desse total, a pasta já comprometeu R$ 2,9 bilhões em políticas de apoio à comercialização e teria de levantar por conta própria R$ 2,3 bilhões para aquisição de produtos agrícolas. O Ministério da Fazenda, porém, quer fazer uma avaliação detalhada das necessidades do setor antes de se comprometer com valores.

A forma usual de o Ministério da Agricultura fazer caixa é por meio de venda de estoques de produtos. Ocorre que o volume de produtos nas mãos do governo é pequeno. Além disso, seria contraproducente ampliar a oferta de grãos e demais itens em um momento em que o governo quer enxugar o mercado para aumentar ou manter os preços. Este ano, o governo está comprador, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), responsável pela realização dos leilões.

Como não há saída dentro do Ministério da Agricultura para levantar os recursos, a avaliação é a de que o governo precisa honrar o compromisso com os produtores de que não faltaria dinheiro para o campo. A bancada ruralista promete pressionar para obter os recursos. No ano passado, quando o Congresso votou o Orçamento, houve a avaliação de que era preciso ter mais dinheiro para a área rural. Mesmo assim, a proposta feita pelo governo foi acatada.

Segundo a bancada ruralista, abriu-se mão, na ocasião, porque foi feita a promessa de que se o setor precisasse de mais verba seria socorrido e esse é o caso agora. Grande parte da safra 2008/2009 está colhida, com problemas de armazenagem em vários pontos, e os leilões de apoio à comercialização estão suspensos por falta de recursos. Os problemas maiores são o milho e o trigo, cuja colheita começa em meados de agosto, segundo o Ministério da Agricultura.

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