Conab aponta estabilidade de safra para o Brasil

 Conab aponta estabilidade de safra para o Brasil

Safra no Rio Grande do Sul recém está começando

Aumento produtivo será de apenas 0,2%. Tocantins e Maranhão desbancam o Mato Grosso no rol dos grandes produtores depois do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) confirmou em seu sexto levantamento, divulgado nesta terça-feira (10) que a safra brasileira de arroz manterá a estabilidade de produção.

A expectativa oficial é de uma colheita total de 12,151 milhões de toneladas (Mt) de arroz em casca na temporada 2014/15, volume que representa levíssimo aumento de 0,2% sobre as 12,121 Mt da colheita 2013/14, ou 30 mil toneladas. Neste relatório o organismo governamental acrescentou 11 mil toneladas à expectativa divulgada em fevereiro, de 12,140 milhões de toneladas.

Entretanto, novos ajustes devem acontecer até setembro, quando será divulgado o relatório final. Os dados foram apanhados entre janeiro e fevereiro, antes mesmo do início da colheita no Rio Grande do Sul, que representa 65% da produção nacional e com menos de 20% das lavouras catarinenses já colhidas (que representa mais 9% do total da safra nacional).

Segundo levantamento dos técnicos da companhia estatal, a superfície semeada com arroz na temporada 2014/15 alcançou 2,333 milhões de hectares, frente aos 2,372 milhões semeados na safra 2013/14.

A retração é de 1,7% em território ocupado. Em contrapartida, o prognóstico da Conab é de que o rendimento médio por área das lavouras brasileiras nesta temporada aumentará em 2%, para 5.209 quilos por hectare (kg/ha), diante da média de 5.108 kg/ha obtida no ciclo 2013/14. A incorporação de tecnologias e o forte papel do cultivo irrigado são determinantes para esse comportamento.

ESTADOS

O Rio Grande do Sul é disparado o principal estado produtor de arroz do Brasil, utilizando sistema de cultivo irrigado. Ainda que os produtores gaúchos não concordem e projetem uma colheita menor do que o indicativo oficial por conta dos danos causados pelas intempéries e pragas, o modelo da Conab indica uma safra de 8,205 milhões de toneladas a ser colhida no extremo sul brasileiro, diante das 8,113 Mt do ano passado. O aumento é de 92 mil toneladas, apenas.

Ainda segundo a fonte oficial, a lavoura gaúcha somou 1,124 milhão de hectares, avançando 0,3%, ou 4 mil hectares, sobre o total de 1,120 milhão de hectares de 2013/14.

Os produtores gaúchos rebatem a informação dizendo que apesar do avanço, houve perdas muito mais significativas do que os 4 mil hectares apenas com as enchentes. A produtividade média projetada para a lavoura sul-rio-grandense é de 7.300 quilos por hectare, um avanço de 0,8% sobre a temporada anterior, ou de 57 quilos, diante dos 7.243 quilos colhidos pelos rizicultores em 2014 por cada hectare.

Já em Santa Catarina a Conab assegura que a produção deverá diminuir em 0,9%, totalizando 1,067 milhão de toneladas do produto em casca a ser colhido. A safra catarinense é a segunda maior do País, e já supera 50% da área colhida.

No Litoral Norte a primeira safra já foi concluída, faltando ainda a colheita da soca. Neste levantamento, a Conab desbanca o Mato Grosso como terceiro maior produtor, projetando que o Tocantins deverá assumir este papel, com 585 mil toneladas a serem colhidas – 7,6% a mais do que na temporada passada – graças a um aumento de área, seguido do Maranhão, com 572 mil toneladas projetadas, apesar da retração de área (4,8%) e produtividade (8,6%).

A produção de terras altas do Mato Grosso será a maior do Brasil neste sistema de cultivo, mas apenas a quinta em volume por estado, alcançando 566 mil toneladas. A retração de 2,2% se deve à queda na área plantada (2,6%) para 172 mil hectares, apesar do aumento de 0,4% projetado para a produtividade média: 3.297 quilos por hectare.

O sistema é adotado principalmente para a recuperação e pastagens degradadas, num processo de transição da pecuária para o cultivo de soja e milho, algodão e girassol. O sexto levantamento está em nossa área de download.

4 Comentários

  • A CONAB não está com nada, órgão nocivo a classe produtiva, se vendermos arroz a este governo que está aí, como diz o produtor de Uruguaiana sr. Walter Arns, merecemos o que estamos levando na cabeça, preço vil e custos estrangulantes, aprendemos a lição ?
    Seu Walter, os produtores conscientes dão a mão a palmatória.

  • Sr Carlos em 2003 2004 vendi arroz 36.oo. 2015 vendi pelo mesmo valor.Em 2001 com 25 sacos de arroz comprava 1000 L d diesel .Agora os mesmos 1000 L tem q tirar nao sei de onde 73.61 sacos com odiesel a2.65; algo esta errado;so arroz efeijao ;cebola tomate e outros horti q elevao a inflaçao;.Roubam a petrobras e o povo paga aconta. So para saber .A fiscalisaçao do arroz q vem dos paises visinhos nao efeita por falta de lei pois bem ela eziste enao foi aprovada porque o povo pode comer qualqer coisa ate leite com soda e tudo bem . Eu vi e ouvi na tv q vao aprovar uma lei para fiscalisar bijuterias pois pede comter metais pesados pois e meus amigos eses sao os nossos polititicos .E o produtor tem q conviver com esta pouca vergonha soja na lavoura d arroz .ete logo amigos

  • Valeu Azambuja! Tá na hora de agirmos com racionalidade sobre este assunto.
    Depois de tantos anos de ações equivocadas, acho que tá na hora de testarmos novas modalidades no que diz respeito à mecanismos de comercialização. E elas existem, e certamente passam por uma menor intervenção do estado, que já provou que, na média, mais prejudica do que ajuda. Não sou o dono da verdade, mas proponho que se discuta racionalmente este assunto, e buscarmos novos consensos.

  • Grande Walter Arns. Fui sócio do Cogo e tive o prazer em 1994 de conhecer tua fazenda ai em Uruguaiana e jogar uma partida de padel. Moro no Mato Grosso em Cuiabá, quando quiser visitar aqui da uma ligada.

    Abraço.
    65 8417 6699

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