Conab aumenta previsão de volume colhido na safra de arroz

Mês a mês a companhia governamental vem ajustando a previsão da colheita 2017/18, que partiu de 11,38 em abril para 11,74 em junho.

A safra brasileira de arroz vai cair 4,8% em volume, segundo previsão divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) na última semana. Desde março as previsões da companhia governamental vêm sendo ajustadas para cima e reduzindo o déficit previsto para a relação entre a produção da safra 2017/18, agora prevista em 11,74 milhões de toneladas, e o consumo do ano comercial 2018/19, projetado em 12 milhões de toneladas. A diferença, que já foi de 620 mil toneladas, agora é de 264,2 mil toneladas.

Os números de junho foram ajustados por causa da produtividade mais alta obtida no Rio Grande do Sul. O Irga suspendeu a divulgação dos resultados de safra mediante forte pressão de produtores e conselheiros para realizar um levantamento mais amplo e detalhado, face ao alto rendimento que vinha sendo registrado com 99% da área colhida. Os números finais devem ser divulgados nos próximos dias, mas estima-se que a colheita gaúcha tenha superado 8,3 milhões de toneladas. Este volume é cerca de 400 mil toneladas maior que o estimado em fevereiro.

O quadro de oferta e demanda indica que o estoque inicial voltará praticamente ao patamar de 2015/16 (430 mil/t) batendo em 447 mil t. As boas exportações do Brasil no primeiro semestre do ano, em cerca de 815 mil toneladas, têm favorecido ao ajuste maior do mercado e a recuperação dos preços. Não fosse a greve dos caminhoneiros, as exportações poderiam bater em um milhão de toneladas até o início de julho.

O dólar valorizado entre R$ 3,70 e R$ 3,82 nos últimos 40 dias tem favorecido às exportações e travado parcialmente as compras brasileiras do Mercosul, mas a famigerada tabela de frete vem fazendo estragos nos embarques em Rio Grande. O custo da carga de arroz entre Pelotas e Rio Grande aumentou quase 50%, de R$ 26,00 para R$ 38,00 a tonelada.

O fardo de arroz branco, tipo 1, com 30 quilos, expedido da Região Central para o Rio de Janeiro, por exemplo, foi majorado em 35% por causa do custo maior do frete. As empresas pretendem repassar ao consumidor e ao produtor parte deste custo, como forma de manterem-se competitivas.

1 Comentário

  • O que a Conab pode saber da produtividade no RGS ? seus agentes nunca visitaram um produtor sequer que se tenha conhecimento. É de irritar qualquer vivente este tipo de divulgação por parte deste órgão governamental, basta o preço reagir um pouco e já começa esta palhaçada. Só pode ser proposital para influenciar negativamente o mercado!!

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