Conab prevê recorde de produção arrozeira no Brasil

Recorde da produção gaúcha impulsiona safra brasileira de arroz, que alcançará volume histórico.

O sétimo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra brasileira 2010/11 de arroz indicou um recorde de produção, impulsionado pelo grande rendimento e o aumento de área do Rio Grande do Sul. A expectativa é de que o Brasil colha  13,461 milhões de toneladas do cereal, um crescimento de 15,4% sobre a safra passada, que resultou em 11,660 milhões de toneladas.

São 330 mil toneladas acima do sexto levantamento, divulgado em março, que projetava a produção de 13,135 milhões de toneladas para o ciclo 2010/11. Além do aumento de área cultivada no Rio Grande do Sul, os analistas da estatal também identificaram um rendimento médio por área muito superior ao inicialmente esperado em razão do clima muito favorável à cultura no Sul do Brasil.

Segundo a Conab, a área total cultivada pelo Brasil nesta temporada alcançou 2,843 milhões de hectares. Mas, a produtividade das lavouras é que subiu significativamente (12,3%), para  4,735 mil quilos por hectare, frente aos aos 4,218 mil kg/ha do ciclo passado. 

Entre os estados, o grande destaque é o Rio Grande do Sul, que alcançará sua maior safra de arroz de todos os tempos, com 8,832 milhões de toneladas, um aumento de 20,6%. A área cultivada passou para 1,162 milhão de hectares ( 7,3% superior à temporada anterior) e a produtividade será superior a 7,6 mil kg/ha.  Já o estado de Santa Catarina se manterá como segundo maior produtor brasileiro, mas a produção apresentará uma queda de 1,1%, totalizando 1,045 milhão de toneladas.

Entre os estados que cultivam arroz de terras altas, o Mato Grosso desponta, com a terceira maior produção do país, com 687,4 mil toneladas, seguido de perto pelo Maranhão (que também cultiva arroz irrigado e as arcaicas roças de toco), com aumento de quase 20% da produção, devendo colher 612,3 mil toneladas. Apesar da redução de pouco mais de 1% na área, o estado nordestino compensou em produtividade, com ganho superior a 200 quilos por hectare frente à safra passada, tanto por conta do clima e das tecnologias incorporadas às lavouras de terras altas e também ao cultivo irrigado.

9 Comentários

  • FANTÁSTICO, em termos de produção.

    LAMENTÁVEL, em termos de contabilização.

    Com a ajuda do IRGA, em termos de divulgação e dias de campo, o produtor gaúcho é um dos mais produtivos do mundo.

    O mesmo IRGA podería usar a taxa paga pelo produtor e abrir a ESCOLA DE CONTABILIDADE, para o produtor aprender a calcular o SEU custo de produção.

    NOVAS ferramentas para NOVOS tempos!

  • Na prática o IRGA + Governo só deram a arma para o Suicida se matar, a corda para o produtor se enforcar…. é produção de 20% a mais gera um preço 20% a menor, o problema é que arroz a R$ 20,00 ninguem tá comprando, e agora? será que baixa mais que isso… Sugiro aos produtores que vendam arroz para a Corretora Mercado que ta pagando R$ 22,00 o casca respectivamente R$ 44,00 o beneficiado… ta dificil a coisa… Desce jeito não vai sobrar ninguem pra contar história ano que vem, ninguem mais vai querer plantar arroz… O que ta acontecendo com o mercado meu povo??? Para onde iremos se ninguem tomar atitude alguma???

  • e ainda pra ajudar tem muitos produtores que estão mandando mercadoria a deposito para os inimigos do estado de SP, dando mais munição para a indústria Paulista que já está com a faca e o queijo na mão contra a Indústria Gaúcha… ai vai ser pra arrebentar…

  • REALMENTE O SEU XAFURDADOR, TEM TODA RAZÃO, MAS COMO OPERADOR DE MERCADO (CORRETOR) E, ACREDITO OS DEMAIS PARCEIROS, ASSIM COMO OS PRODUTORES, ESTAMOS PAGANDO A MULA ROUBADA, COM TODA ESTA SITUAÇÃO DE MERCADO. TEMOS DE IR FUNDO
    NESTA ENCRENCA, NÃO SERÁ O VAREJO QUE TÁ FICANDO COM A MAIOR FATIA, POIS QUALQUER LEIGO, QUALQUER DONA DE CASA QUE VAI A SUPER MERCADO VÊ QUE NÃO BEIXOU O PREÇO DO ARROZ, COLOCAM UMA QUE OUTRA MARCA, NORMALMENTE AS MENOS CONHECIDAS DE CHAMARISCO NOS CORREDORES DAS LOJAS, PARA VENDER UMA SÉRIE DEOUTRAS COISAS, QUE NA MAIORIA DAS VEZES AS PESSOAS NÃO ESTÃO
    PRECISANDO. PELO QUE SABE AS INDUSTRIAS ESTÃO PRODUZINDO A PLENO VAPOR, ENTÃO NÃO EXISTE ESTAGNAÇÃO NENHUMA DE CONSUMO, ETC. ETC. TEMOS TODOS É QUE VIRAR BATERIAS E APONTAR
    PARA O VAREJO, QUE É ONDE ESTA O FURO DA BALA. QUERO LER OUTRAS OPINIÕES ABALIZADAS SOBRE ESTE TEMA, EMBORA SAIBA QUE JAMAIS VAI SE REVOGAR A LEI DA OFERTA E PROCURA, MAS QUE TEM LINGUIÇA NO MEIO DESSE ARROZ, AH, ISTO TEM SIM.

  • Nós produtores temos que criar o movimento ABRIL NO VERMELHO!!! Os orizicultores estão sem recursos para pagar as dívidas. EGF é suicídio! Ninguém quer comprar arroz. E os que querem tão pagando uma miséria. Fiquei sabendo que várias indústrias da fronteira oeste estão recebendo arroz somente daqueles que fizeram CPR’s com eles, ou seja, daqueles que estão devendo para elas. Isto estaria acontecendo por qual motivo? Justificam elas que não tem mais espaço para colocar o arroz. Não acredito! Penso que elas querem desovar estoques para dai comprar arroz a R$ 18,00. Arroz a depósito nem pensar pois se correria o risco de ter que dar Certificado de Depósito para produtores em busca de AGF e demais mecanismos de comerciliazação oferecidos pelo governo . Para que dar esta chance ao produtor de ganhar até R$ 11,00 a mais e vender a R$ 29,00 e ficar com os armazens abarrotados de arroz do governo ganhando uns troquinhos com armazenagem e deixar de comprar arroz barato. Por outro lado, a previsão da CONAB não vai se concretizar. Com as últimas chuvas e tormentas muita lavouras foram prejudicas, com o granizo e ventos que fizeram o arroz deitar e rebrotar. A média de produtividade prevista para essa safra vai cair em torno de 10% pela falta de logística e pelo clima, que ocasionaram a lentidão na colheita. Está longe de ser uma supersafra como se está anunciando. Mas mesmo assim a oferta será grande, mais pela falta de infra-estrutura dos produtores do que pela produção.

  • Acho que ainda nao estamos nos dando conta que somos 100% refém das grandes industrias. As marcas baratas nas gôndolas, sao marcas que ninguém conhece. Prato Fino, Camil, Josapar e Urbano continuam com preços acima de R$ 1,70 o kg. Poderiam estar nos pagando tranquilamente R$ 25 e tendo a mesma margem histórica. Temos que fazer eles entenderem que 30% de R$ 20 e a mesma coisa que 20% de R$ 30,00.Se isto acontecer, com certeza estas terceiras marcas vao desaparecer. Alem das ajudas políticas, que nao tenho duvida, vao chegar, temos que ir todos os produtores para as PORTAS DAS INDUSTRIAS. Unicamente trancar os camiões que vao para os supermercados.
    Cada dia que nao sai arroz, significa algo em torno de r$1.000.000,00 a menos que vai deixar de entrar nos caixas deles. Aposto que subiriam o preco em menos tempo do imaginado.
    O problema aqui nao e produtividade. O problema aqui e desunião da classe que nao tem projetos sólidos. Estamos pagando o preco da especulação dos outros. VAMOS NOS UNIR!!! E SO O QUE PRECISA

  • Só cuidem para não dar mais tiro nos pés!!!

  • Amigo Xafurdador. Cuidem o cuidemos ?? Gostaria de saber qual e realmente o preco e venda do fardo de arroz das primeiras marcas colocados No Brasil. Tenho certeza que esta acima dos R$ 45,00. Com este preco de venda, As grandes industrias balizam o mercado. Eles, se unidos, tem como vender mais caro e remunerar melhor seus produtores. Sempre, e por falta de Uniao, nos colocamos como a parte mais fraca da cadeia. E NAO SOMOS. Somos os mais desorganizados .

  • Tem que plantar menos!!! Pensar em conjunto e não cada um por si…êta classe desunida!

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