Condições meteorológicas são favoráveis ao plantio do arroz

Em Venâncio Aires (RS), a estimativa da Emater/RS-Ascar é de que sejam plantados entre 1,6 mil a 1.650 hectares, um aumento que gira de 50 a 80 hectares em relação à safra passada.

O plantio de arroz no Rio Grande do Sul teve um incremento expressivo durante a última semana. A cultura alcançou 70% da área prevista para esta safra no município. A semeadura e as demais atividades que a antecedem, se encontram bastante adiantadas este ano, uma vez que os produtores estão sendo beneficiados pelas condições meteorológicas.

Em Venâncio Aires (RS), a estimativa da Emater/RS-Ascar é de que sejam plantados entre 1,6 mil a 1.650 hectares, um aumento que gira de 50 a 80 hectares em relação à safra passada. “Isto vai depender do comportamento do clima nas próximas semanas”, observa o engenheiro agrônomo da Emater/RS. Vicente Fin salienta que as condições meteorológicas das últimas semanas permitiram o preparo do solo e a semeadura. Do total a ser plantado, 90% será no sistema pré-germinado e com um índice acima de 80% com lâmina de água permanente. Lembra que este sistema é recente e surgiu da unidade experimental adotado pela família Duarte, de Linha Arroio Grande.

José Duarte e seu filho Abidriel semearam os 80 hectares de arroz. É a mesma área da safra passada, quando colheram 11 mil sacos. Porém, tiveram perdas em função das enchentes e excesso de chuvas na floração. Eles utilizam o sistema pré-germinado e toda a lavoura está com lâmina permanente de água, o que reduz as perdas. A dupla explica que existe um gasto menor e um procedimento ambientalmente correto, pois não devolve a água com resíduos e películas químicas. “É uma contribuição para a natureza porque evapora e volta em forma de chuva”, observam os Duarte.

A expectativa dos produtores é de colheita cheia. Por isso, estão apostando nas variedades 108 e 112 da Epagri, que têm um ciclo médio longo e adaptadas ao sistema pré-germinado. O arroz deve estar no ponto de colheita na primeira quinzena de abril. A estimativa é de colher ente oito e nove toneladas por hectare.

Em termos de município, a expectativa de produtividade é que se volte a ter a média da safra 2007/08, que foi de 7,8 mil quilos por hectare. A maior preocupação do setor hoje, conforme Fin, é o preço de venda que está muito próximo do custo de produção, que varia entre R$ 24,50 e R$ 27, dependendo do tipo de sistema bombeamento da água (elétrico, natural ou a diesel) e do solo (fertilidade).

Os Duarte usam toda a estrutura e equipamentos necessários para a cultura e, mesmo tendo toda a tecnologia à disposição, têm um alto custo de produção, gastando na média, R$ 24,50 por saco, considerando a depreciação das máquinas e equipamentos. O arroz da safra passada os Duarte venderam para Santa Catarina ao preço de R$ 26 o saco, porém, conseguiram este valor porque contam com silo e secador próprio. Por aqui, não conseguiriam vender por mais de R$ 25, que foi o preço praticado.

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