Congresso do Arroz abre primeiro dia de evento com 600 participantes

 Congresso do Arroz abre primeiro dia de evento com 600 participantes

Abertura do Congresso aconteceu na terça-feira. Foto: Paulo Lanzetta/Embrapa

(Por Cristiane Betemps, Embrapa) Pelotas sedia, após dez anos, o 13° Congresso Brasileiro do Arroz Irrigado ao recepcionar mais de 600 participantes inscritos. O evento, que ocorre no Parque do Sesi, abriu seu primeiro dia, nesta terca-feira (12), com a realização de minicursos e conferência magna. O Congresso ocorre até dia 15, focando em temas estratégicos para cadeia produtiva, como comportamento de mercado, inovações genéticas, uso de bioinsumos e estratégias para minimizar os desafios das mudanças climáticas.

Minicursos

O evento teve início com atividades de atualização por meio de minicursos, na parte da manhã, sobre manejo e fertilidade do solo em arroz Irrigado; e sobre as funcionalidades e a utilização do aplicativo PlanejArroz, sendo possível nesse minicurso os participantes colocarem em prática o aplicativo, além de contarem com o relato de caso de seu uso, com a empresa de agronegócio Porteira Adentro. À tarde, aconteceu o minicurso de análise de mercado de arroz. Participaram cerca de 180 pessoas.

Abertura Oficial

A abertura solene do evento ocorreu ao final da tarde, com a presença de autoridades do agronegócio orizicola e do público inscrito no evento. O presidente da Sociedade Sul brasileira do Arroz Irrigado (Sosbai) e pesquisador da Embrapa, André Andres, enalteceu o papel da pesquisa, ensino e extensão em sua fala ao referir que para enfrentar desafios climáticos, pressões de mercado e a necessidade urgente de produção sustentável é preciso unir estas três dimensões. ” E mais do que uma estratégia, é a garantia de que o nosso arroz irrigado seguirá sendo referência mundial”, disse Andres.

O chefe-geral da Embrapa Clima Temperado, Leonardo Ferreira Dutra, destacou a evolução da ciência por meio de tecnologias inovadoras, que inserem o produtor rural ao seu ambiente, dando o exemplo do aplicativo PlanejaArroz, que pode ser acessado diretamente da lavoura e construído em parceria com a UFSM, INMET, Embrapa e Federarroz. “As parcerias são a garantia que os nossos problemas sejam resolvidos de maneira pragmática. Com as parcerias, só há ganhos: ganham os produtores, o Estado e a sociedade brasileira”, disse Dutra.

Foi reforçado pela Epagri, representada pelo supervisor tecnico da Estação Experimental de Itajai/SC, Alexandre Visconti, que serão sempre parceiros do evento. E o IRGA, representado pelo presidente Eduardo Bonotto fez referência a cultura do Arroz como centro de união de cultura dos brasileiros e união de esforços e objetivos para construção de pesquisas pujantes.

O superintendente do Mapa, José Cleber de Souza, citou várias contribuições da cultura do Arroz para a economia do País, para a ocupação das pessoas, para elaboração de máquinas e implementos agrícolas, assim como, citou também as contribuições recentes do Ministério a cadeia produtiva como orientações para exigências de conformidade do grão para exportação e para consumo da população brasileira, ampliação de estações agrometeorologicas junto ao INMET para contribuir com centros de pesquisa a fim de lançar estratégias para mudanças climáticas, transformando conhecimento em novas tecnologias para garantir mais soberania alimentar na produção agrícola do Brasil.

O diretor executivo de Pesquisa e Inovação da Embrapa, Clenio Pillon, falou da trajetória se sucesso nos últimos 50 anos, tendo como base a Ciência e Tecnologia Inovadoras para lavouras arrozeiros. “Temos uma cooperação exitosa entre instituições, políticas públicas e produtores”, disse Pillon. Ele exaltou o desafio da soberania alimentar baseada em sustentabilidade, saudabilidade e resiliência, mas chamou a atenção q todas elas recebem interferências das condições climáticas.

Conferência magna de Paulo Hermann

O conferencista em destaque do evento, Paulo Hermann, buscou em um tempo curto, fazer um despertar para reflexão de todos sobre o modelo de produção aplicado na atualidade baseado em práticas que necessitam ser repensadas urgentemente. Ele mostrou que a produtividade é crescente e que o arroz de sequeiro ocupa entre 8% a 10%, o consumo per capita é baixo, há uma ameaça paraguaia, necessidade de ajuste na oferta de produto, redução na área cultivada de 50 mil ha para 100 mil ha e os custos de produção com aumento de 100% de R$ 5.500,00 para R$ 12.000,00 por ha. Falou também sobre arrendamentos inviáveis, mas de oportunidades através da diversificação com a rotação da soja e de uso de novas tecnologias, destacando a tecnologia da Embrapa e parceiros o uso de sulco-camalhão na Metade Sul do Rio Grande do Sul, sendo possível abranger 4 milhões de hectares e inserir outras culturas agrícolas. Ainda indicou alternativa de uso com novas aplicações do SAF.

O 13° Congresso Brasileiro do Arroz Irrigado é uma promoção da Sosbai, realização da Embrapa e co-realização da Epagri, UFRGS, UFSM e UFPel.

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