Conjunto de ações trouxe boas expectativas para o setor
Renato Rocha destaca que tanto o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Mendes Ribeiro Filho como o governador Tarso Genro mantêm o compromisso em solucionar o endividamento do setor.
O presidente Renato Rocha, da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), avaliou nesta sexta-feira (31) como satisfatória a participação da entidade na Expointer 2012. Tendo como inicio a participação na reunião da Câmara Setorial do Arroz, onde a entidade solicitou a adoção de preços de mercado e critérios nos leilões dos estoques públicos da CONAB, de forma a não prejudicar os preços do mercado, conquistados com muito trabalho pelo Ministério e Cadeia Produtiva. “Não podemos colocar em risco o grande esforço pela recuperação dos preços liderado pelo Ministro Mendes”, argumenta.
Os dirigentes da Federarroz também encaminharam, com apoio da Farsul e da Fetag, documento ao secretário nacional de Política Agrícola, Caio Rocha, para que sejam tomadas medidas complementares à resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) 4.117, que prorrogou os vencimentos de financiamentos de custeios prorrogados e investimentos. “É preciso que o BNDES publique uma carta circular que determine aos agentes ao Sistema Financeiro a prorrogação dos financiamentos de investimentos dos arrozeiros, como PSI, Moderagro, Moderfrota e Moderinfra”, explica Renato Rocha.
Também foi solicitado ao governo que o CMN autorize aos bancos privados a prorrogação para o dia 15 de fevereiro de 2013 dos vencimentos de custeio da safra 2011/12, com inclusão das operações que envolvem FAT giro rural e EGFs prorrogados. “São passivos que precisam ser contemplados no programa de readequação das dívidas”, diz o dirigente arrozeiro. Foi sugerido a Caio Rocha, que negocie com a direção do Banco do Brasil para incluir neste pacote de renegociação as dívidas vencidas e a vencer que já estão nas Unidades de Recuperação de Créditos da instituição financeira (Gerat).
“Nos reunimos com o gerente de Agronegócio do Banco do Brasil, João Paulo Comerlatto, e o gerente-executivo Nilton Tonieto, assessor da vice-presidência, solicitando a prorrogação destes vencimentos para fevereiro, pois àquelas dívidas já negociadas (cerca de 80%) foram refinanciadas com recursos diretos do Banco do Brasil”, argumenta. A Federarroz também pediu a informação do valor total dos débitos do setor que estão no Gerat, para incluí-los no refinanciamento. Os pleitos serão levados ao vice-presidente Osmar Dias.
Renato Rocha destaca que tanto o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Mendes Ribeiro Filho como o governador Tarso Genro mantêm o compromisso em solucionar o endividamento do setor. Na semana seguinte a entidade retoma o circuito de reuniões com os dirigentes do governo sobre o assunto. “Boas notícias foram divulgadas pelo Ministro Mendes Ribeiro Filho na abertura oficial, como a redução dos juros do PSI, de 5,5% para 2,5% ao ano, financiamento de máquinas agrícolas usadas e o prazo de 10 anos para quitar o custeio da safra 2010/11 para todas as culturas que tiveram perdas acima de 30% na última temporada”, destaca o dirigente.
ABERTURAS
Durante a Expointer, a Federarroz e a Associação dos Arrozeiros de Restinga Sêca (RS) lançaram a 23ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz (21 a 23/02/13), e também da 9ª Abertura Oficial do Plantio da safra 2012/2013 (11/10/12) em Restinga Sêca/RS. Entre as novidades da Abertura da Colheita 2013, merece destaque o sorteio de uma camionete para os produtores que participarem do evento e a implantação de primeira Vitrine Tecnológica de soja, além do arroz.
2 Comentários
Sou ex-sócio de cooperativa que quebrou aqui em Camaquã, por problemas de gestão. Acho que por esse motivo acompanho as ações e comportamento das cooperativas e principalmente de seus gestores. Na minha opinião este comportamento, na maioria das vezes deixa de atender os interesses da producão. Entendo a dificuldade de ação das cooperativas mas de maneira nenhuma pode-se aceitar que elas atuem em disacordo com os intereses dos produtores. Pelo exposto proponho que a Federarroz abra uma discusão a esse respeito, chamando os produtores sócios, e ajudando principalmente, a discutir a postura desses dirigentes de cooperativas em relação as políticas do setor. Parece que em algumas situações os dirigentes entram em confronto com os interesses dos produtores.
Plantar arroz sem ter armazenagem propria é trabalhar para os outros. Eraldo Jose Dutra Gil, Sto Antonio da Patrulha