Conselho prorroga prazo de EGF para produtores de arroz da região Sul

O arroz, assim como o feijão, é um dos poucos produtos que não vem acompanhando a alta dos preços dos alimentos puxada pelo mercado internacional. As operações poderão ser prorrogadas por até 180 dias a partir de seu vencimento atual..

O Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizou hoje (24) as instituições financeiras a prorrogar as operações de Empréstimo do Governo Federal (EGF) de arroz da safra 2009/10 contratadas nos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Segundo o Ministério da Fazenda, a decisão tem o objetivo de minimizar as dificuldades de comercialização da safra do produto e permitir que os agricultores aguardem um melhor momento para vender sua produção.

O arroz, assim como o feijão, é um dos poucos produtos que não vem acompanhando a alta dos preços dos alimentos puxada pelo mercado internacional. As operações poderão ser prorrogadas por até 180 dias a partir de seu vencimento atual. A medida, somada aos leilões de apoio à comercialização já autorizados pelo governo, deve estimular a recuperação dos valores recebidos pelos produtores. O preço de mercado na Região Sul está em torno de R$ 21 a saca, enquanto o preço mínimo estabelecido pelo governo é R$ 25,80.

Para ser beneficiado, o rizicultor deve solicitar a prorrogação até a data de vencimento e pagar pelo menos 20% do saldo devedor do financiamento. As instituições financeiras devem comprovar a existência do arroz estocado em quantidade proporcional ao saldo a ser prorrogado. Segundo o secretário adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt, foram negociados R$ 400 milhões em contratos de arroz.

O CMN também estendeu hoje, de 15 de março para 30 de junho de 2011, o período de contratação da linha emergencial de crédito para agricultores familiares com propriedades rurais afetadas pela seca nos municípios do semi-árido dos estados do Nordesde, principalmente o Ceará, e de Minas Gerais. O objetivo, de acordo com o Ministério da Fazenda, é permitir que as instituições financeiras atendam o maior número possível de produtores.

Segundo Bittencourt, cerca de 1 mil produtores não conseguiram contratar o empréstimo pela demora dos governos estaduais decretarem estado de emergência pela seca em meados de 2010.

9 Comentários

  • Não quero bancar o advogado do diabo, mas pelas notícias que vejo a cada dia que passa estão fazendo de tudo para não mexer na TEC e no dólar…Com a supersafra que vai ocorrer e as importações que sempre acontecem, alguém acredita que o preço vai subir daqui a 180 dias mesmo? E quanto os bancos vão lucrar nesse período? Quem vai lucrar com isso?

  • eu acredito o governo ta se empenhando ao maximo varios mecanismos´deájuda e a dilma ja disse que tem cafe no bule pra nao deixar nos quebrar. Cpi da industria ja

  • Todo ano é a mesma historia o governo anuncia compra de arroz para garantir o minimo, mas para o produtor isto de nada adianta, por exemplo aqui em Santa Catarina, cerca de setenta por cento da safra ja foi cohlida e este arroz ja esta na mão das industrias que como sempre é a unica beneficiada, pois pagou o preço da saca a 20 reais e agora vai ganhar 25,80 do governo.
    A realidade é que desde 2005 o arrozeiro vem sofrendo com a baixa do produto e o governo nada faz para ajudar, essa historia de garantir preço minimo é a maior mentira na realidade não funciona.
    O que deveria ser feito é, rever todos os financiamentos de 2004 para ca, caso a caso, retirar os juros deixar so o valor do debito liquido e parcelar esse valor ao produtor em condições cabiveis, essa seria uma boa forma de ajudar.

  • Será Negócio?
    Pros Bancos é garantido.
    Esses dias saíu no noticiário o resultado de um grande banco, bah!

  • Com as medidas anunciadas pelo governo e com o recuo na oferta por muitos produtores, o preço do arroz deveria ter reagido mais(pouco mais de 2% este mês). O mercado parece não está acreditando nestas medidas, aliado ao fato de ter muito arroz em depósito nas indústrias(com certeza estão atentas no mercado e usando este arroz de forma a não pressiona-lo).Estes fatos podem explicar a letargia dos preços. Os arrozeiros precisam continuar pressionado o governo e este deve ser mais incisivo em sua
    política de preços para convencer o mercado que isto é verdade.

  • É impressionante, a boa vontade do Governo do Estado de ajudar a classe orizicola que tanto contribui com a economia gaucha, o arroz em casca que está sendo vendido de r$ 20,00 a R$ 22,00, está tachado para fins de recolhimento de ICMS a R$ 30,40 , dificultando ainda mais a comercializaçao do arroz,. neste preço de pauta, devemos nos unir e vender tota a nossa produçao para a secretaria da fazenda, sugestão, a pauta deveria ser revisada semanalmente conforme a cotação do arroz em casca pelos orgãos competentes como Irga .

  • Se o Governo não quer inflação, limitar as importações e reduzir a carga tributária…Se a indústria não quer repartir seus lucros…Se os produtores não tem capital para construirem depósitos próprios…Se protestar pacificamente não está resolvendo? Qual a saída? Esta é a resposta que teremos descobrir até maio quando nossas obrigações principais começarão a vencer. Mesmo que os preços subam a R$ 25,80, faltarão R$ 4,20 para cobrir os custos reais de produção da safra passada.

  • disem que a cammil alimentos é quem estipula os pressos,por ser a maior, por ser a mais forte teríamos que tentar pressionar eles,não colocando nada ou quase nada na mão deles quem sabe eles não melhoram não tendo o produto na mão

  • os preços de arroz para o consumidor final oscilam muito pouco no supermercado as marcas mais conhecidas prato fino, tio joão, pilecco camil……está sendo vendido de 10,00 a 11,90 pacotes 5kg preços praticados quando a ind. pagava mais de trinta reais a saca , quem fica com a diferença ta na cara a industria é ela que manipula os preços e o produtor paga a conta.

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