Consumidores reclamam do preço do feijão e do arroz no Maranhão
Em meados de junho começou a subir, hoje o quilo chega R$ 1,60, dependendo do tipo.
O preço dos dois alimentos mais presentes na mesa dos brasileiros virou alvo de reclamação entre a população de Codó, no Maranhão. É que o arroz e o feijão, desde o início do ano, só têm aumentado.
– No mês passado eu comprava de R$ 2,20, agora não acho mais, só de R$ 2,50 e R$ 3,00. Os donos não querem é desse jeito? E a gente tem precisão tem que comprar – reclamou a aposentada Alenice Ferreira Sousa.
A reclamação da aposentada é geral na cidade. No início deste ano o quilo do feijão podia ser encontrado até por R$ 1,80 no mercado de Codó. Com os aumentos constantes, hoje o consumidor que não pesquisar pode levar pra casa feijão preto ou sempre verde até de R$ 3,20 o quilo.
Feijão em falta
Os comerciantes do mercado central explicam que é a falta do produto a razão da alta nos preços.
– Os caminhoneiros que trazem o produto não estão encontrando, lá na fonte, devido a falta de chuvas. Não tem chuva, não tem o produto, então o que aparece eles trazem com preço muito alto. Aí nós temos que repassar – explicou o comerciante Carlos Alberto Medeiros Silva que complementou.
– Também é problema da entressafra, todo ano é assim. Chega nesse período do ano o feijão aumenta, o arroz aumenta. Quando vem a safra nova, novamente eles voltam ao preço normal.
Arroz acompanha feijão
Como ele bem frisou, o arroz também passa por um aumento significante. No início do ano custava R$ 1,20 o quilo no mercado. Em meados de junho começou a subir, hoje o quilo chega R$ 1,60, dependendo do tipo.
A aposentada, Maria Socorro de Jesus, disse que até o mês de agosto conseguia comprar a saca de arroz comum, com 60 kg, ao preço de R$ 60,00.
– De lá pra cá vem subindo, subindo, em outubro foi a R$ 76,00 e agora está de R$ 80,00. E vai piorar, se Deus não tiver compaixão de nós vai piorar – disse a aposentada.
Até que a nova safra chegue, acompanhada da chuva, todos os vendedores dizem a mesma coisa que dona Maria Socorro a coisa vai piorar. E para o consumidor não resta lá tanta opção na opinião do lavrador José Marques de Morais.
– Ta ficando cada dia mais difícil e nunca teve fácil para o homem que trabalha. E tem que forçar pra adquirir porque sem feijão e arroz não se vive nem um dia completo. Sem ele não agüenta, menino chora, mulher berra, tem que aparecer – disse.