Contra todas as expectativas

“Não existe a garantia de rentabilidade na cultura do arroz”

 

A rizicultura gaúcha, que responde por cerca de 70% da produção brasileira, mostra a cada dia que alcançou um nível tecnológico capaz de superar os mais severos obstáculos agronômicos. Seu nível tecnológico, mediante um clima até mesmo parcialmente desfavorável, ajuda a minimizar problemas, reagir aos limitantes e consolidar produtividades referenciais em todo o mundo.

Em uma temporada em que o coração da safra gaúcha – e brasileira – foi atingido pela estiagem na fronteira oeste, outras regiões responderam muito bem. E até mesmo a fronteira oeste acabou colhendo mais do que o esperado. O segredo está embarcado na semente, no manejo, na rotação, na capacitação dos produtores, e cada ano isso fica mais claro. Não é sem custo, requer investimento. O arroz “sofre”, mas quando a água chega, ele mostra toda a exuberância de séculos de evolução natural e décadas de evolução tecnológica.

Assim, embora com muitas limitações agronômicas, que gradativamente vão sendo dribladas, é no campo econômico é que está o aperto. Equilibrar preços do produto e custo de produção é o grande desafio deste início de década. Um desafio que já tem perto de meio século e que não se resolverá do dia para a noite. Rentabilidade, sustentabilidade, menor dependência de alguns insumos – e de um sistema arcaico de tributação e de acesso aos meios – são, agora, os grandes obstáculos da safra brasileira de arroz. E é nesse foco que precisamos buscar soluções urgentes.

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