Contratos futuros do arroz caem para níveis próximos de meados de maio
(Por Trading Economics) Os contratos futuros de arroz na Bolsa de Chicago (CBOT) caíram abaixo de US$ 12,50 por 100 libras, ou um quintal curto (cwt), o equivalente a 45,36kg, aproximando-se do seu nível mais fraco desde meados de maio, de US$ 12,42 em 7 de julho, pressionados pelo excesso de oferta global e pela fraca demanda de exportação. Com o dólar a R$ 5,56, câmbio da última sexta-feira, 11/7, o valor em reais para 50 quilos corresponderia a US$ 13,78 ou R$ 76,72 em equivalência para contratos de setembro de 2025, em pleno pico da colheita estadunidense.
Os preços de exportação da Índia e do Vietnã caíram ligeiramente, enquanto os preços tailandeses permanecem estagnados, pois os compradores adiam as compras, antecipando novas quedas quando os suprimentos da nova safra entrarem no mercado. O Brasil enfrenta sua maior colheita em oito anos, sobrecarregado por altos estoques de transição e enfraquecimento do ritmo de exportação, uma situação agravada pela imposição de tarifas dos EUA sobre o arroz beneficiado.
Apesar de uma ligeira redução na área colhida nos EUA devido às fortes chuvas de primavera que interromperam o plantio na região do Delta e à menor produção doméstica, o USDA aumentou os preços médios agrícolas dos EUA e revisou os estoques finais para baixo, fornecendo algum suporte. Há uma grande expectativa para o novo levantamento de “acreagem” do USDA, nesta semana que inicia, nos EUA. As entidades setoriais acreditam que poderá, enfim, haver um ajuste na área semeada, considerando que avaliam ainda os dados da instituição governamental estar acima das estatísticas reais.
No entanto, esses fatores domésticos otimistas são ofuscados por uma projeção de colheita recorde global de 542 milhões de toneladas em 2025/26, impulsionada por colheitas maiores na Índia, Bangladesh, Birmânia e Filipinas.
