Cool Seed
Com o êxito obtido pela Cool Seed no 1º Curso Técnico de Resfriamento Artificial, no final de 2008, a indústria está oferecendo atualizações em novos treinamentos para melhor aplicação da tecnologia de resfriamento em 2009. Com essa qualificação é possível obter melhor rendimento das máquinas. O curso, realizado de 25 a 27 de novembro de 2008, proporcionou treinamento técnico e prático aos operadores e/ou gerentes de unidades de armazenagens e UBS que utilizam a tecnologia Cool Seed. Além de participantes de todas as regiões brasileiras, técnicos de Cuba, Colômbia, Venezuela, Argentina, Uruguai e Paraguai também realizaram o treinamento. As palestras aconteceram em Cascavel (PR), sob o comando de especialistas com renome internacional em eletroeletrônica, refrigeração e armazenagem na área de grãos e de sementes.
ORGÂNICOS
1 – Um grupo de 300 pequenos produtores dos estados de Santa Cataarina e Rio Grande do Sul forma um núcleo de desenvol-vimento sustentado e orgânico. Há oito anos eles integram a Associação da Agricultura Biodinâmica do Sul (Abdsul), por meio da qual comercializam diversos produtos como arroz, doces, geleias, polpas de frutas, mel e lã. No ano passado o grupo realizou a primeira exportação de arroz orgânico para a Alemanha, após participar da Biofach, a maior feira de negócios do setor, na cidade de Nuremberg, na Alemanha. Em fevereiro participaram novamente, fecharam negócios com importadores da Inglaterra e iniciaram contatos com compradores do Líbano e dos Emirados Árabes Unidos.
2 – Até agora, entre os orgânicos, o produto que mais chamou atenção dos compradores internacionais foi o arroz. Eles compram do Brasil a granel e lá transformam o cereal em flocos e colocam no mercado como cereal matinal. O setor espera que os mais de 30 contatos realizados na Biofach rendam negócios futuros. Ao longo de 2009 os produtores receberão visitas de importadores da Inglaterra, Bélgica e Itália. No mercado interno a associação já comercializa os produtos em diversos estados e mantém representantes em capitais importantes como São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF), Porto Alegre (RS), Florianó-polis (SC) e Belo Horizonte (MG).
Bolsa
Com investimentos de 10 milhões de dólares em cinco anos, a Monsanto anunciou a criação do programa Beachell-Borlaug International Scholars para financiar bolsa de estudos a cientistas e estudantes universitários interessados em desenvolver novas tecnologias de produção de arroz e trigo. O programa – a ser administrado pela Universidade do Texas – homenageia os pesquisadores Henry Beachell e Norman Borlaug, pioneiros nos trabalhos científicos de melhoramento genético destas culturas. Arroz e trigo foram escolhidos porque formam a base nutricional de três bilhões de pessoas, principalmente em países em desenvolvimento. Interessados podem se inscrever até 31 de maio de 2009. O regulamento completo está disponível no site www.monsanto.com.
Quebra
A indústria Campeiro Alimentos desativou sua linha de produção em março, diante de um pesado endividamento e suspeita de irregularidades. Com sede em Tubarão (SC), a Campeiro distribuía seus produtos principalmente na Região Sul e em São Paulo e havia sido comprada há três anos por investidores norte-americanos, junto com um sócio brasileiro. A dívida pode chegar a R$ 32 milhões. O faturamento mensal estava em R$ 7,5 milhões. Foram demitidos 130 funcionários. A Polícia Federal investiga o caso e a administração provisória busca vender a empresa. A Campeiro detinha cerca de 0,5% das vendas de arroz do mercado nacional.
Consumo
Quem esperava redução do consumo de arroz no mundo em razão da crise financeira mundial surpreendeu-se com a notícia. Em época de crise os portugueses mudaram os seus hábitos alimentares e optaram por produtos básicos mais baratos, como o arroz, o atum enlatado e as salsichas. No arroz o aumento do consumo chegou a 25%, segundo o grupo supermercadista Jerônimo Martins. Em contrapartida, o consumo de carnes e leite reduziu significativamente no país.
Chinês-africano
Arroz chinês de elevada qualidade começou a ser colhido em abril nos arredores de Xai-Xai, capital da província de Gaza, Moçambique. Em 2007 as províncias chinesa de Hubei e moçambicana de Gaza fizeram um acordo de parceria e iniciaram um projeto de cooperação para a plantação de arroz numa área de três mil hectares. Os técnicos chineses conseguiram bons resultados nas culturas de teste com a utilização de variedades de elevada qualidade com uma produção média de 10 toneladas por hectare.
INSUMOS
1- O preço das matérias-primas utilizadas na fabricação de fertilizantes pode voltar a subir a partir do segundo semestre de 2009, quando haverá redução nos estoques mundiais e aumento da demanda às vésperas do plantio da safra da América do Sul. Segundo dados da Câmara Temática de Insumos Agropecuários, desde o ano passado o preço dos fertilizantes caiu 40% em dólar. A redução dos estoques mundiais e o aumento da demanda às vésperas do plantio da safra são os dois fatores que determinarão o ritmo dos preços do fósforo e do potássio no início do segundo semestre deste ano. Para o terceiro componente presente na formulação dos fertilizantes, o nitrogênio, a variação de preços vai depender da cotação do petróleo.
2- A meta do Ministério da Agricultura é propor ao Ministério de Minas e Energia um plano para levar o país à autossuficiência em fertilizantes. Atualmente, 72% do mercado brasileiro é abastecido com produto importado, volume considerado exagerado para o tamanho da agricultura nacional. Como ninguém pode ser líder agrícola dependendo tanto do abastecimento externo, o ideal seria reduzir a importação a 20%, índice comum entre os grandes produtores agrícolas mundiais.