Copom reduz a taxa básica de juros da economia para 3%

Mercado não reagiu bem ao corte, embora fosse esperado.

O Copom não apenas cortou a Selic em 0,75 ponto percentual – mais do que a redução de 0,50 ponto esperado por ampla parte do mercado – como indicou possibilidade de outra flexibilização monetária nessa magnitude na próxima reunião do colegiado, nos dias 16 e 17 de junho. O juro básico caiu para 3,00%, nova mínima histórica.

Juros ainda mais baixos reduzem o diferencial de taxas entre o Brasil e o mundo, o que prejudica a competitividade do país em termos de atração de capital ávido por retornos, num momento em que mercados emergentes de forma geral sofrem fortes saídas de recursos por causa da crise do Covid-19.

Já na quarta, analistas comentaram o potencial de impacto da decisão do Copom sobre o câmbio.
"Essa decisão vai trazer pressão sobre o dólar, especialmente numa situação em que a taxa Selic tem pouco impacto agora sobre condições de crédito, que está emperrado. E vai adicionar componente de risco na curva de juros", disse à Reuters João Maurício Rosal, economista-chefe da Guide Investimentos.

Na avaliação dos economistas da Itaú Asset Management, a avaliação de que o Copom levará a Selic a 1,5% este ano está mantida. A gestora era uma das casas que já apostava em uma redução mais agressiva da Selic e mantém a visão de que o juro básico pode ir a níveis inferiores a 2%, embora aponte que “há uma disposição do BC em encerrar o ciclo prematuramente por conta dos riscos fiscais e dos seus efeitos sobre os ativos de risco no Brasil”.

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