Corrida com barreiras

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Vantagem: o avanço da fronteira agrícola e a demanda por arroz

Maranhão é o quinto maior produtor nacional
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Segundo dados levantados em junho pela Conab, a produção maranhense de arroz foi de 707,7 mil toneladas na safra 2004/2005, queda de 1,7% frente à safra anterior. Com isso, o estado passa a ser o quinto maior produtor brasileiro de arroz, atrás do Rio Grande do Sul (6,2 milhões de toneladas), Mato Grosso (2,043 milhões de toneladas), Santa Catarina (1,049 milhão de toneladas) e Pará (722,7 mil toneladas). Até a pesquisa anterior, realizada em maio, o Maranhão ocupava a quarta posição nesse ranking, pois a produção paraense era estimada em 677,5 mil toneladas. 

O desenvolvimento da orizicultura no Maranhão enfrenta muitas bar-reiras. “O isolamento é um problema sério. Temos também dificuldades de armazenagem e infra-estrutura. Além disso, doenças como brusone, mancha-preta e mancha-parda são comuns”, afirma o produtor Mário Albuquerque, da Fazenda Santa Maria, localizada em Urbano Santos (MA). 

A falta de incentivo do poder público, tanto federal como estadual, é um dos maiores problemas, na opinião de Rodolfo Vieira, da Distribuidora Combate, da cidade de Balsas (MA). “Ficamos à mercê da safra do Sul”, diz. 

O estudo publicado pela Embrapa Meio Norte em 2001, intitulado “Cadeia produtiva do arroz no estado do Maranhão”, aponta outros entraves. Custos elevados, forte taxação tributária, sementes pouco adaptadas, falta de maquinário – especialmente colheitadeira – para alugar, a falta de informação sobre preços e sobre mercado, além da baixa qualidade do produto, são exemplos. 

VANTAGENS – Por outro lado, o estudo revela algumas das vantagens de se produzir arroz no estado. Dentre as principais, estão a possibilidade de avanço da fronteira agrícola (apesar das restrições ligadas à necessidade de preservação ambiental), a localização privilegiada do estado, a existência de pólos de crescimento econômico ativos e a demanda forte e pouco exigente por arroz. 

O consumo per capita de arroz branco no Maranhão é de cerca de 80 quilos/habitante/ano, sendo um dos maiores do Brasil (média de 50 quilos/habitante/ano). Contudo, o arroz mais consumido no estado é o tipo 2, uma vez que a maior parte da população maranhense se encontra em camadas de médio a baixo poder aquisitivo. (Por Mariana Perozzi – www.arroz.agr.br)

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